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Por que São Paulo e Flu viram troca de Calazans e Brenner com bons olhos?

José Eduardo Martins e Leo Burlá

Do UOL, em São Paulo e no Rio de Janeiro

22/05/2019 04h00

As transações paralelas que resultaram nas prováveis chegadas de Marquinhos Calazans ao São Paulo, e de Brenner ao Fluminense atendem expectativas traçadas por Cuca e Fernando Diniz para ajustes em seus elencos.

Calazans foi pouco aproveitado este ano no Fluminense e atuou por 90 minutos em apenas duas ocasiões. Opção a Everaldo e Yony González, o jogador ficou de lado no elenco e perdeu espaço com o bom rendimento dos homens de lado que o treinador tinha em mãos.

O atacante viu seu nome ser envolvido em uma possível troca por Nenê, o que mexeu com a cabeça do jogador, disposto desde o início a ir para o Morumbi. Com contrato com o Flu até 31 de dezembro deste ano, ele recusou oferta tricolor pela renovação. O Flu subiu até o valor inicial imaginado, mas não teve jeito. A contratação sem gastos para aquisição de direitos foi festejada pelo Tricolor paulista, já que o clube considera ter feito um alto investimento neste ano, com reforços como Pablo e Tchê Tchê.

Cuca já havia demonstrado desejo de contar com o atleta desde quando chegou ao Tricolor. Na visão do treinador, ele serviria para ser uma opção para dar mais velocidade ao sistema ofensivo do time. Por isso, a diretoria fez um esforço para trazê-lo.

Calazans - Lucas Merço/Fluminense - Lucas Merço/Fluminense
Imagem: Lucas Merço/Fluminense

O treinador quis dar uma nova cara para o São Paulo. Por isso, mesmo sem começar a dirigir o time por causa de licença médica, ele trabalhou nos bastidores para que Diego Souza fosse negociado. Em paralelo, o departamento de futebol buscava opções no mercado que se enquadrassem aos pedidos de Cuca.

Com a chegada de Brenner às Laranjeiras, Diniz, por sua vez, crê que consegue ter uma outra alternativa para suprir a saída de Everaldo, que foi para o Corinthians. Com esta baixa, Diniz tem usado até o meia Léo Artur aberto pelos lados, mas havia o entendimento de que um homem mais veloz era uma necessidade do elenco.

O treinador conhece bem o jovem, pois o acompanhou de perto quando Dorival Júnior era o treinador do Tricolor paulista, em 2017. Na época, Diniz, que é amigo de Dorival, trocava muitas informações com o ex-tricolor e ia aos treinamentos do São Paulo. Tão logo o nome do jogador chegou ao Flu, o comandante deu o sinal verde para a transação, que será selada até o final do ano. O negócio também é visto com bons olhos pelos paulistas, que desejam dar quilometragem ao jovem.