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"Lobos-solitários" do Qatar são adotados até por colombianos no Morumbi

José Edgar de Matos/UOL Esporte
Imagem: José Edgar de Matos/UOL Esporte

Diego Salgado, José Edgar de Matos e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/06/2019 17h58

As camisas da Colômbia, em suma maioria amarelas, dominaram as ruas no entorno do Morumbi antes do jogo de hoje (19) contra o Qatar, válido pela segunda rodada da Copa América. Entretanto, na Avenida Jules Rimet, dois homens com o uniforme vinho chamavam a atenção dos colombianos. Eram torcedores da equipe árabe, que viajaram do país sede do próximo Mundial para acompanhar a aventura nos gramados brasileiros.

Pela primeira vez no Brasil, Hamad Abdul Aziz trabalha com o programa Generation Amazing, organização que usa o futebol como transformador social, e recebeu uma atenção especial dos colombianos nas ruas. Ele foi adotado pelos sul-americanos, entrou na roda para cantar com os torcedores e se encantou com a recepção encontrada na Copa América.

"Antes e depois do jogo somos amigos, estamos muito felizes por estarmos aqui. Todos os brasileiros apoiam o Qatar e não é de hoje. Temos uma grande amizade com os brasileiros e fomos muito bem recebidos. Temos uma relação antiga com o Brasil, tanto que Evaristo de Macedo, um dos nossos primeiros grandes, é daqui. Tivemos muitas lições de vocês e só temos que agradecer", disse, em conversa com o UOL Esporte.

O torcedor do Qatar está encantado com o desempenho da própria seleção, que arrancou um empate por 2 a 2 com o Paraguai na estreia, e prevê até uma surpresa diante dos colombianos, favoritos após baterem a Argentina por 2 a 0 no primeiro jogo pelo Grupo B.

"É a primeira vez que participamos da Copa América, fizemos um grande trabalho no primeiro jogo e hoje temos o segundo jogo. Para nosso lado, preparamos bem e temos grandes jogadores. Espero que a gente vença por 2 a 1, mas antes e depois do jogo somos amigos, estamos muito felizes por estarmos aqui, comentou.

Abdul Aziz estava acompanhado do amigo Matias Krug, filho de pais alemães e nascido no Qatar. Mais reservado que o colega e alheio à adoção dos colombianos, Krug se mostrou confiante para um bom desempenho do time na Copa América e, especialmente, no Mundial de 2022.