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Atlético-MG vê Sul-Americana como chance de encerrar fracassos em mata-mata

Atlético-MG foi eliminado pelo Jorge Wilstermann, da Bolívia, na Libertadores 2017 -  AFP PHOTO / DOUGLAS MAGNO
Atlético-MG foi eliminado pelo Jorge Wilstermann, da Bolívia, na Libertadores 2017 Imagem: AFP PHOTO / DOUGLAS MAGNO

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

19/07/2019 04h00

Depois da eliminação para o arquirrival, o Atlético-MG ainda tem mais uma competição de mata-mata pela frente na temporada. O time entrará em campo diante do Botafogo pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O problema é que, desde 2016, quando foi vice-campeã da Copa do Brasil contra o Grêmio, a equipe não consegue sucesso neste tipo de torneio.

Em 2017, o Galo sofreu ao disputar Copa do Brasil e Libertadores. Os mineiros entraram nas oitavas de final do torneio nacional e venceram o Paraná nesta fase. Contudo, nas quartas de final o time não passou pelo Botafogo, rival na Sul-Americana 2019.

Na Copa Libertadores daquele ano, o Galo passou sem sustos da fase de grupos, que contou com Godoy Cruz, da Argentina, Sport Boys, da Bolívia, e Libertad, do Paraguai. No entanto, nas oitavas de final, o time que era comandado por Rogério Micale não foi páreo para o Jorge Wilstermann, da Bolívia.

A temporada seguinte contou com novos fracassos em torneios eliminatórios. Presente desde a primeira fase da Copa do Brasil, o Atlético passou por Atlético-AC, Botafogo-PB, Figueirense e Ferroviário. Ao chegas às oitavas de final, a equipe acabou derrotada pela Chapecoense na disputa de pênaltis.

O time também sofreu queda na Sul-Americana. A eliminação neste torneio, no entanto, veio logo na primeira fase. O Atlético, que era comandado por Thiago Larghi, perdeu a ida por 1 a 0 no Nuevo Gasómetro e não saiu de um empate sem gols - 0 a 0 - no Independência.

Em 2019, o Atlético voltou a tropeçar em uma competição de mata-mata. Depois bater o Santos nas oitavas de final da Copa do Brasil, o time de Rodrigo Santana caiu para o arquirrival Cruzeiro nas quartas.

A chance de retomar o sucesso em torneio eliminatório é a Sul-Americana. Eliminado na fase de grupos da Libertadores, o Galo bateu o Unión La Calera, do Chile, nos pênaltis. Agora, o adversário será o Botafogo. Os jogos ocorrerão em 24 e 31 de julho, respectivamente, sendo o primeiro no Rio de Janeiro e o segundo em Belo Horizonte.

Os erros recentes em jogos eliminatórios se tornaram uma preocupação para a equipe. Os principais líderes do elenco, por isso, cobram melhora contra o Botafogo.

"A gente conversou muito dos erros que a gente cometeu no jogo do Mineirão. É inadmissível. A gente não pode aceitar um jogo daquele. Já tinha sido conversado, mas a gente frisou, porque temos outra decisão importante contra o Botafogo. A gente tem que aprender com os erros e manter a chama acessa. Não teve um jogador que não ficou arrepiado na chegada, na recepção que a gente teve. Temos totais condições de brigar lá em cima", disse Elias ao fim da partida contra o Cruzeiro, no Independência.

"Para eliminatória contra o Botafogo não podemos cometer o mesmo erro que cometemos no Mineirão. É nítido. Custou a eliminação, porque aqui dentro de casa, com o torcedor apoiando, a gente é muito forte. Todo mundo vem jogar aqui receoso, na dúvida e com medo, porque aqui a gente é forte e impõe uma pressão. Temos que ter humildade, algumas vezes jogar mais feio e ser mais contido quando jogar fora. É eliminatória. O péssimo jogo que a gente fez no Mineirão nos custou a vaga", acrescentou.