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Guimarães brilha ante rival da infância e lidera Athletico em seu "quintal"

Gabigol conduz a bola acompanhado de Bruno Guimarães na partida Flamengo x Athletico-PR na Copa do Brasil - Gabriel Machado/AGIF
Gabigol conduz a bola acompanhado de Bruno Guimarães na partida Flamengo x Athletico-PR na Copa do Brasil Imagem: Gabriel Machado/AGIF

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/07/2019 04h00

Cria de Vila Isabel, bairro da zona norte do Rio de Janeiro e vizinho ao Maracanã, o volante Bruno Guimarães, do Athletico, sempre sonhou em brilhar no estádio. Não foi com a camisa do Vasco, seu clube de coração na infância, tampouco vestindo a camisa de um dos outros três grandes cariocas, mas o dia esperado chegou. Pelo Rubro-negro do Paraná, foi um dos líderes na partida que eliminou seu "rival" Flamengo e classificou o Furacão à semi da Copa do Brasil.

Bruno passou pela base de Fluminense e Botafogo, mas começou a despontar mesmo na filial fluminense do Audax. De lá, passou para a "versão paulista" do clube até chamar a atenção dos atleticanos. Contratado pelo Furacão para o time sub-23, caiu nas graças do técnico Fernando Diniz e decolou.

O Maracanã é um velho conhecido do jogador, que passou parte da vida na arquibancada do principal palco do futebol brasileiro. Até por essa relação de familiaridade, Bruno admite que a noite de quarta é daquelas para se guardar na memória.

"Acompanhei muitos jogos no Maracanã. Sempre fui muito fã e gostava muito de assistir futebol. Meu pai também sempre me levava. Era fascinante estar como torcedor no estádio e voltar como jogador. No lado contrário. E me traz sorte. Ano passado gol contra o Flu pela semifinal da Sul-Americana e agora bati o pênalti que deu a classificação", recordou o atleta.

Após a vitória nos pênaltis, Guimarães foi um dos que provocaram o Flamengo. Em campo, tirou um sarro de Gabigol e também do "cheirinho". Fora dele, disse que era hora dos rivais aguentarem a pilha. Ele afirmou que um eventual status de favoritismo atribuído ao rival deu gás a ele e seus companheiros.

"Estão eliminados novamente. Mas é isso. Se quando estão ganhando querem fazer graça, quando perdem têm de aceitar a brincadeira. É uma brincadeira sadia. Isso que vale a pena no futebol", disse ele, que teve participação decisiva no gol de empate.

O destaque em Curitiba faz com que o jogador pense em uma escala na Europa em breve. Aos 21 anos de idade, o volante prefere pensar passo a passo:

"Minha meta atual é ser um ídolo do Athletico. Eu sou muito grato a tudo que fizeram por mim e quero retribui com boas atuações, dedicação e títulos. E, claro, estar na seleção brasileira. Representar a seleção nas Olimpíadas de 2020 é um objetivo".

Após tirar um gigante brasileiro do caminho, o camisa 39 mira o Boca Juniors, rival da próxima quarta-feira, em jogo válido pela Copa Libertadores. Antes do duelo na Arena da Baixada, o Furacão visita no sábado o CSA, às 19h, no Rei Pelé.

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