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Ator da Globo virou sócio do Bahia após interpretar torcedor em Segundo Sol

Atmando Babaioff durante a novela "Segundo Sol" - Reprodução/Instagram
Atmando Babaioff durante a novela "Segundo Sol" Imagem: Reprodução/Instagram

Beatriz Cesarini

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/07/2019 04h00

Na novela "Segundo Sol", transmitida pela "TV Globo" no ano passado, Armando Babaioff deu vida ao personagem Ionan Falcão, um torcedor fanático do Bahia. Para compor o seu papel, o ator criou um forte vínculo com o Esquadrão de Aço. A relação acabou continuando até mesmo após o encerramento do folhetim televisivo. Hoje, o pernambucano é sócio-torcedor da equipe e amigo da atual diretoria.

"Eles me mandavam camisas e outros objetos e eu usava tudo na novela. Eu ganhei a carteirinha do Bahia e virei torcedor vitalício do time. Acabei adotando a equipe. Eu criei uma relação com o time. Sou amigo da diretoria, vários jogadores me seguem", disse Armando em entrevista ao UOL Esporte durante o evento de lançamento da novela "Bom Sucesso".

Além de visitar o Bahia, Armando recebeu artigos como camisas, bandeiras, bonés e usou tudo com seu personagem Ionan. Ao conhecer melhor o clube, o ator ficou admirado com a recepção que teve e com as ações sociais realizadas com apoio dos torcedores.

"O Bahia é um dos times que eu tenho maior estima. Não só pelo carinho que eu recebi do clube e da torcida, mas também pela postura sociocultural do time. É um clube diferenciado. O time tem uma preocupação com o social muito grande. A forma como ele transformou o torcedor em um parceiro do clube... Eles se reinventaram a ponto de permitir que toda a torcida do Bahia tenha acesso ao cartão sócio-torcedor", destacou Babaioff.

No Dia Nacional da Visibilidade Trans, em janeiro deste ano por exemplo, o Bahia anunciou uma mudança em seus procedimentos administrativos e passou a permitir o uso do nome social de transexuais e travestis em crachás, carteiras de sócio e outros lugares vinculados ao clube em que seja necessária a exibição do nome da pessoa.

"É um time que faz campanhas educativas e sociais o tempo inteiro. Tem um pensamento alinhando com os dias de hoje, sabem as necessidades que o brasileiro precisa entender o que é racismo, o que é preconceito, discriminação. Porque no futebol você tem muito isso. Eles vão além. Falam de pessoas com deficiência, falam do índio, eles falam do negro, da mulher. Eles colocam isso para a população. Eles têm uma responsabilidade social muito grande", acrescentou o ator.