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Najila após fala de ex na TV: "Um espancador de mulher defendendo outro"

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

31/07/2019 19h05

A modelo Najila Trindade reagiu com irritação à entrevista que seu ex-marido, Estivens Alves, concedeu a Band, ocasião em que disse não ter ocorrido estupro e que aceitaria um convite para participar do programa A Fazenda, da Record. "Gente, para que tá feio!" foi uma das declarações dela sobre a postura do ex.

Najila afirmou que encontrou o filho de 7 anos chorando em frente à televisão. A modelo se referiu ao pai do menino como "subcelebridade" e reforçou as acusações que fez a respeito dele sobre violência contra mulheres. Ela ironizou os comentários de Estivens de que Neymar não cometeu estupro.

"Um espancador de mulher defendendo outro", disse.

Estivens Alves esteve no Aqui na Band, programa veiculado pela manhã na emissora. Ele afirmou que "não seria hipócrita" e aceitaria participar de A Fazenda. Sobre o suposto crime, declarou que a ex-mulher nunca mencionou estupro e afirmou "eu não acredito que tenha havido um estupro". A presença de Estivens aconteceu um dia após a coletiva da Polícia Civil sobre o encerramento do inquérito e decisão de não indiciar o jogador.

Ele descreveu o que existia no restante do vídeo que estaria no tablet supostamente roubado no curso da investigação. Também falou do arrombamento ao apartamento de Najila, que não descartou ser armação.

Najila enviou uma nota ao UOL Esporte por meio de seu advogado, Cosme Araújo Santos. No texto, ela contou que o ex-marido não mantém contato com o filho. Acrescentou que tentou conversar com Estivens há algumas semanas e ficou sem resposta.

"Não faz nem ideia de onde o filho está e como está e diz que está muito preocupado com a preservação do filho. Gente, para que tá feio!"

Ela reclamou de as pessoas não darem crédito à denúncia de estupro e acredita que isto acontece porque o público tem dificuldade de ver no jogador um criminoso por se tratar de um ídolo. A modelo também se irritou com os apresentadores do programa, os advogados e a 6ª Delegacia de Defesa de Mulher de São Paulo, que investigou o caso.

"Apresentadores viraram até psicanalistas. Advogados viraram psicólogos. Todo mundo virou tudo para concluir que sou mentirosa. Quando eu fui dar queixa na DDM [Delegacia de Defesa da Mulher], lembro-me que cheguei às 14 horas e sai 2 horas da manhã. Tive que mostrar tudo e provar que não era uma acusação falsa. Passei por momentos horríveis tendo que lembrar a relembrar, sai de lá exausta. E a DDM afirma que não houve nada. Por que naquele dia acreditaram? E disseram que iriam me dar apoio".