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Como Diego Alves explica "virada de chave" do Flamengo após 9 anos

Diego Alves é abraçado por companheiros após classificação do Flamengo sobre o Emelec - Bruna Prado/Getty Images
Diego Alves é abraçado por companheiros após classificação do Flamengo sobre o Emelec Imagem: Bruna Prado/Getty Images

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/08/2019 12h00

Ao defender a cobrança de Arroyo, Diego Alves justificou sua fama de pegador de pênaltis e abriu o caminho para a classificação do Flamengo após vitória por 2 a 0 sobre o Emelec no tempo normal. A vaga foi confirmada após a bola chutada por Queiroz explodir no travessão.

Protagonista, o camisa 1 serve como exemplo para um clube que, assim como ele, se reconstrói com a vaga nas quartas de final da Libertadores. Com o triunfo, o Flamengo volta a disputar essa fase do torneio continental após nove longos anos de seca. Em 2010, um time que tinha Adriano e Vágner Love foi eliminado pela Universidad do Chile.

Diego Alves, por sua vez, não precisou esperar tanto tempo para dar a volta por cima, mas também entrou no gramado do Maracanã sob desconfiança. Vaiado na vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo, o goleiro apareceu na hora da decisão. Se a penalidade defendida contra o Athletico Paranaense foi insuficiente para evitar a eliminação na Copa do Brasil, o camisa 1 ontem experimentou a redenção e viveu o outro lado da moeda em um intervalo de apenas duas semanas.

"Somos humanos, isso e é normal. Não pude responder à altura contra o Botafogo, mas o torcedor é soberano. Não vejo como volta por cima, mas quando vestimos essa camisa somos julgados sempre que entramos em campo. Sou uma pessoa muito tranquila", analisou.

Na noite de quarta, Diego Alves teve uma razão extra para festejar. Além do brilho individual, ele completou 100 partidas com a camisa rubro-negra. Contratado para ser a solução da posição, conquistou o Campeonato Carioca deste ano, mas também colecionou desavenças. Durante protesto no aeroporto, atirou um copo de café na direção dos torcedores. Barrado por Dorival Júnior, pediu para não viajar ao Paraná e abriu uma crise no clube. Agora, em um dia marcado por celebrações, o tom foi de satisfação.

"Completar 100 jogos com essa camisa é motivo de orgulho. Não é fácil depois de dez anos de Europa um jogador voltar e ter essa marca. É um clube muito gostoso de jogar, são 40 milhões de torcedores, mas que te exige o máximo. Me sinto preparado. Fico muito feliz por completar esses 100 jogos", exaltou.

Com contrato até dezembro de 2020 com o clube, o goleiro ainda tem um bom tempo para somar mais jogos com o "manto sagrado" e viver outras noites como a de ontem.

Fla muda a programação e dá folga

Após a classificação no Maracanã, a comissão técnica rubro-negra mudou a programação e decidiu dar a quinta-feira de folga para todo o grupo, algo que não estava previsto anteriormente. O time se reapresenta na sexta e embarca no dia seguinte para Salvador, local da partida de domingo contra o Bahia, às 16h, na Fonte Nova, pelo Campeonato Brasileiro.