Casão lamenta caso de racismo com Malcom e aconselha: "Bate de frente"
Walter Casagrande aproveitou o "Globo Esporte SP" desta terça-feira (06) para falar sobre o episódio de racismo envolvendo o atacante Malcom, do Zenit. Recordando o caso envolvendo Daniel Alves em 2014, então jogador do Barcelona, o comentarista aconselhou o ex-Corinthians a bater de frente com o preconceito e 'jogar bola'.
"É revoltante, é triste, mas o momento do mundo é esse. A falta de tolerância, o racismo forte. O racismo tem que ser combatido. E, no futebol, como tem que ser combatido? Às vezes com ironia, como foi com o Daniel Alves. Jogaram uma banana, ele comeu e bateu o escanteio", falou Casão, que complementou:
"Outra forma é jogar futebol. Ele tem que jogar. Deve ser sofrido para ele, para a família. Para todo mundo que sofre qualquer tipo de preconceito, dói na alma. É uma dor diferente. Não é aquela que você machuca, não é um soco. Dói na alma. A coisa fica muito pesada. O que o Malcom tem que fazer é jogar futebol. O Hulk não sofreu a mesma coisa e jogou? Você não pode dar atenção ao racismo, desistir, sofrer e ir embora. O racismo acontece. É sofrido? Bate de frente com ele. Tem gente do lado. Nós estamos do lado. Gente de bem está do lado. Tem que bater de frente", concluiu.
O Zenit alegou que o significado da faixa exibida por parte de sua torcida - com a frase 'Obrigado dirigentes por acreditar na tradição' - no jogo contra o Krasnodar foi mal interpretada.
A frase em questão seria uma alusão irônica a um manifesto de um setor de torcedores que defendem a ausência de jogadores negros no elenco, pois seria uma forma de mostrar respeito às tradições do Zenit.
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