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Vice para o Cruzeiro, R. Ceni tem 21 dias para salvar sonho de taça inédita

Quando era goleiro do São Paulo, Ceni ficou com o vice da Copa do Brasil justamente diante do Cruzeiro - DANIEL TEOBALDO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Quando era goleiro do São Paulo, Ceni ficou com o vice da Copa do Brasil justamente diante do Cruzeiro Imagem: DANIEL TEOBALDO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Brunno Carvalho e Enrico Bruno

Do UOL, em São Paulo e em Belo Horizonte

13/08/2019 04h00

Rogério Ceni chega hoje (13) a Belo Horizonte para iniciar uma nova era no Cruzeiro. O treinador será apresentado oficialmente e, em seguida, já irá para os campos da Toca da Raposa para realizar seu primeiro treinamento com o novo grupo. Com muito trabalho pela frente, ele tentará tirar o time da zona do rebaixamento do Brasileirão, além de manter a equipe viva na Copa do Brasil.

O duelo da volta, contra o Internacional, está marcado para daqui a três semanas (dia 4 de setembro), e o torneio de mata-mata tem uma motivação interessante para o Cruzeiro e Rogério.

Enquanto o clube busca o heptacampeonato, sendo o terceiro título seguido, o técnico pode conquistar a única taça que faltou em sua carreira de jogador. Para isso, no entanto, terá de reverter a vantagem dos gaúchos, que venceram a ida em Belo Horizonte por 1 a 0.

Campeão Mundial, da Libertadores, do Brasileiro e da Copa do Mundo, Rogério Ceni tem uma galeria vasta de troféus. Mas os 25 anos de carreira não reservaram uma taça da Copa do Brasil na história do ex-goleiro. Na ocasião que chegou mais perto, o ídolo são-paulino acabou com o segundo lugar, perdendo justamente para o Cruzeiro.

Em 2000, Rogério Ceni já era titular do São Paulo e estava no Mineirão na grande final contra o Cruzeiro. A partida ficou marcada pelo gol de Geovanni, já nos acréscimos, que garantiu a virada celeste e o terceiro título do torneio.

Depois daquele vice, Ceni ergueu taças mais importantes e se consolidou como um dos maiores goleiros da história, mas nunca mais chegou tão perto de levar uma Copa do Brasil.

Rogério Ceni se lamenta após o segundo gol do Cruzeiro na final da Copa do Brasil de 2000 - Reprodução - Reprodução
Rogério Ceni se lamenta após o segundo gol do Cruzeiro
Imagem: Reprodução

Carrasco naquela noite, Geovanni torce para que Rogério Ceni, enfim, preencha sua galeria de títulos. "Sempre vejo as entrevistas e ele lamenta muito esse título. Agora como treinador, é uma grande oportunidade de o Rogério poder ganhar essa Copa do Brasil, mais uma do Cruzeiro, a primeira dele. É o único título que falta na carreira. É uma grande oportunidade do Cruzeiro, do Rogério. Seria para ele um sonho chegar e ser campeão. Estamos na torcida. Vai ser um jogo complicado contra o Inter, mas tudo é possível", disse.

"A torcida vai recebê-lo bem, independentemente de ter sido ídolo do São Paulo. Está vivendo outra parte da sua história, agora como treinador. Vai ser um dos grandes treinadores do Brasil. O torcedor do Cruzeiro vai recebê-lo muito bem", aposta Geovanni.

Por coincidência, outra figura importante que estava naquela partida de 2000: era o goleiro Fábio, a maior vítima de Ceni na função de goleiro-artilheiro. Na época, ele era reserva de André Doring, e ainda estava emprestado pelo Vasco.

Fábio só voltaria ao Cruzeiro em 2005. Anos mais tarde, ele duelou contra Rogério Ceni por duas vezes nas quartas de final da Libertadores. Em 2009, o time mineiro passou pelo São Paulo e terminou com o vice-campeonato continental. No ano seguinte, o Tricolor paulista avançou de fase, mas parou nas semifinais.

Antes de pegar o Inter, pela Copa do Brasil, Ceni terá alguns duelos difíceis e importantes na luta contra a degola no Brasileiro. O primeiro jogo do treinador será contra nada menos do que o líder Santos, no Mineirão, neste domingo. Depois, a equipe pega o CSA e o Vasco, dois times que frequentam a segunda metade da tabela.

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