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"Rei das Assistências", lateral vê fim de contrato sem ter chance no Bota

Victor Lindenberg tem contrato até dezembro, mas não teve chance no Botafogo - VITOR SILVA/BOTAFOGO
Victor Lindenberg tem contrato até dezembro, mas não teve chance no Botafogo Imagem: VITOR SILVA/BOTAFOGO

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/08/2019 04h00

Victor Lindenberg chamou atenção dos torcedores do Botafogo na categoria sub-20, quando deu 49 passes para gols em duas temporadas. A característica rendeu o apelido entre os companheiros de "Rei das Assistências". Apesar do destaque positivo, o lateral esquerdo esteve em campo por apenas 14 minutos pelo profissional do Alvinegro.

O jogador jamais teve uma sequência em General Severiano, já que logo passou a ser emprestado consecutivamente para alguns times: Paysandu, Marcílio Dias, Santa Cruz-RN e Santa Cruz.

O tempo voou, e seu contrato com o Botafogo já se encerra em dezembro. Nem mesmo Victor sabe explicar o porquê de não ter tido oportunidade no clube que o profissionalizou após passagens por Fluminense, Flamengo, CFZ e Palmeiras.

"Até eu sei falar pouco sobre esse assunto. Fizemos duas grandes temporadas, fomos campeão brasileiro e me destaquei individualmente. Antes mesmo de estrear nos profissionais tive uma proposta boa de um time de Portugal, mas o clube rejeitou. Disse que queria me usar no time principal no ano seguinte. Só que isso não rolou porque me envolveram em uma negociação [por Leandro Carvalho] e fui emprestado para o Paysandu", disse Lindenberg ao UOL Esporte.

"Para mim foi diferente. Pensei que faria a pré-temporada com o Botafogo, mas tudo mudou", completou o Lateral esquerdo. Com a decisão da diretoria, ele passou a encarar uma nova realidade. Passou a acumular empréstimos por times menores e sem ter uma grande sequência.

"Aconteceu uma série de coisas. Foram experiencias boas, mas poucos jogos nesses clubes. Conquistamos os objetivos. No Marcílio Dias voltamos para a Série A [estadual], no Paysandu fomos campeões da Copa Verde e passamos de fase no Santa Cruz-RN, na Copa do Brasil. Hoje estou no Santa Cruz, time grande e com muita torcida. Estamos na briga para classificar para o mata-mata da Série C", explicou.

O fato é que o contrato com o Botafogo está chegando ao fim e seu futuro ainda é incerto. Lindenberg gostaria de permanecer no Alvinegro para ter oportunidades no time principal, mas entende que a situação não é nada simples já que ainda não foi procurado pela diretoria.

"Meu contrato acaba no final do ano e o Botafogo ainda não me procurou. Minha vontade é de renovar com o clube, mas depende de muitas coisas. Estou jogando e satisfeito com o momento aqui no Santa. Vamos ver o que vai ser até o fim do ano", explicou.

Curiosamente, sua história é bem parecida com a de Renan Gorne, outro destaque da equipe sub-20 que jamais teve oportunidade no profissional. Se Lindenberg virou o "Rei das Assistências" muito se deve ao centroavante do time que completava para o fundo das redes.

"A gente sempre brinca que não adiantaria nada eu dar o passe se ele não fizesse os gols. Pode dividir aí, é meio a meio. O Renan é um grande amigo e até nos encontramos esses dias em campo [vitória por 3 a 1 do Santa Cruz contra o Confiança-SE] e conversamos um pouco. Convivemos no Botafogo e depois fomos para o Paysandu juntos", finalizou.

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