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Após eliminação, Oswaldo explica estratégia: 'Precisávamos nos precaver'

Oswaldo de Oliveira concede entrevista coletiva após Fluminense x Corinthians, pela Sul-Americana - LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C.
Oswaldo de Oliveira concede entrevista coletiva após Fluminense x Corinthians, pela Sul-Americana Imagem: LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C.

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

30/08/2019 01h15

O técnico Oswaldo de Oliveira, que na noite de ontem (29) esteve à beira do gramado pela primeira vez desde quando assumiu o Fluminense, falou sobre o primeiro jogo no comando do time tricolor e ressaltou as estratégias usadas no duelo com o Corinthians na briga por uma vaga na semifinal da Copa Sul-Americana.

O adeus à competição aconteceu por conta do critério do gol marcado fora de casa. No Maracanã, empate em 1 a 1, enquanto na Arena Corinthians o duelo não teve gols.

"Jogamos contra um adversário que explora muito o contragolpe. Precisávamos nos precaver. E eles fizeram um gol no que são fortes. Fizemos no que treinamos. Como não fizemos gol lá, tínhamos de evitar aqui. Eles marcaram em contragolpe, o que nos trouxe muita dificuldade. Eles jogaram com as armas deles, e nós com as nossas", disse Oswaldo, que explicou o motivo de o time ainda ter muitos pontos do trabalho de Fernando Diniz, demitido no último dia 19:

"Sempre procurei fazer um denominador comum entre o trabalho anterior e as minhas ideias. Entendia que poderíamos decidir na bola parada, como tivemos oportunidade, mas também se poderia dar sequência ao que se estava fazendo. Fluminense teve momentos brilhantes neste ano. Eu não poderia podar, dizendo ser o dono da verdade e o que era feito inútil. Gradativamente, vou impor o que penso".

O treinador apontou também o porquê optou por um time titular sem um centroavante de ofício, tendo um trio ofensivo formado por Yony, Marcos Paulo e Nenê, enquanto João Paulo ficou no banco.

"Precisávamos de mais consistência no meio campo. Não adianta partir para frente sem ter cuidados. Tínhamos uma possibilidade e apostamos. Em determinado momento, conseguimos. Agora, vamos ter uma outra situação pela frente. A desta competição [Sul-Americana] era essa", salientou.

Oswaldo não descartou utilizar Ganso e Nenê juntos em oportunidades futuras e garantiu que os dois não podem se tornar vilões após a eliminação. Ele ainda comentou as vaias direcionadas a Ganso, que foi substituído:

"Já falei que eles vão me mostrar [se podem jogar juntos]. Em 180 minutos, sim, só marcamos um gol, mas o Corinthians também. Não podemos colocar a carga neles. São dois craques, é a realidade. Sempre que puder, vou usar os dois juntos. Se entender que eles não estão produzindo, mudarei. Não é a primeira vez que se ouve vaias a alguém que sai. Tem de superar. Foi uma circunstância de um time que foi eliminado. Não temos de nos abater", afirmou.

O técnico tricolor falou ainda sobre o reencontro com o Maracanã e com a torcida tricolor, que lotou o estádio.

"A minha expectativa era otimista. Procuramos criar um clima que nos favorecesse. A gente sabia das dificuldades, especialmente pela minha estreia em um time que ainda não conhecia totalmente. Se tivéssemos um resultado positivo, o ânimo iria para cima. Por outro lado, precisamos de pés no chão. Precisamos de equilíbrio para dar sequência ao trabalho", salientou.

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