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Pressão em Mattos atinge ápice, mas Galiotte segura diretor no Palmeiras

Alexandre Mattos, diretor de futebol, e Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Alexandre Mattos, diretor de futebol, e Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Danilo Lavieri e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

05/09/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Diretor tem sofrido com protestos da torcida e insatisfação interna
  • Galiotte não trabalha com a ideia de demitir Mattos no momento
  • Organizada do Palmeiras fez ato na frente da casa do dirigente
  • Mattos bancou a chegada de Mano Menezes para o lugar de Felipão

O diretor de futebol Alexandre Mattos enfrenta o ápice da pressão por sua demissão no Palmeiras, mas a postura do presidente Maurício Galiotte, no momento, é de segurar o dirigente. Nos últimos dias, em meio à crise no clube que causou até a saída do técnico Luiz Felipe Scolari, todo o planejamento para a sequência da temporada tem sido feito contando com a permanência de Mattos, que virou alvo de protestos intensos de torcedores e viu também a resistência interna aumentar.

O nível da pressão subiu ainda mais na noite de ontem, quando membros da torcida organizada Mancha Alviverde se reuniram para protestar em frente ao condomínio em que Mattos mora. Com gritos e faixas, chamaram o cartola de "ladrão" e pediram sua demissão, prometendo fazer de sua vida "um inferno".

Segundo apurou o UOL Esporte, esta não foi a primeira vez que Mattos foi incomodado em sua casa. Ele chegou até a receber correspondência em seu endereço, também com teor de protesto.

Além dos movimentos da organizada - que também promoveu protestos em várias cidades do Brasil e do mundo e tem feito pichações pedindo a saída do diretor -, as críticas aumentaram até dentro do clube, com muitos conselheiros insatisfeitos.

O principal ataque interno veio do presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim Del Grande, que em áudio vazado disse que Mattos deveria ser demitido, criticou a saída de Felipão e chamou a contratação de Mano Menezes de "burrice". Seraphim é próximo da conselheira e patrocinadora Leila Pereira, dona da Crefisa, e era visto como um aliado de Galiotte até o episódio.

Mano, aliás, foi um nome bancado por Mattos, que comandou a negociação e já havia tentado contratar o treinador em 2017 após a demissão de Cuca. Com o Palmeiras vivendo dias turbulentos, com todos os treinos totalmente fechados por questão de segurança, as datas da apresentação oficial e da estreia do novo técnico ainda nem haviam sido definidas pelo clube até a manhã de hoje.

Por enquanto, Galiotte tem adotado a posição de não ceder às pressões e manter Mattos no cargo. No último domingo, antes da derrota por 3 a 0 para o Flamengo, o presidente bancou publicamente o diretor de futebol. Ele também tinha a ideia de segurar Felipão no comando do time, mas a atuação apática no Maracanã, avaliada como "sem reação" pela cúpula alviverde, fez o mandatário mudar de ideia e mandar o técnico embora no dia seguinte.

O Palmeiras volta a campo no sábado (7), pelo Campeonato Brasileiro, contra o Goiás, fora de casa. Ainda não está definido se Mano Menezes já comandará a equipe nesta partida. Sem vencer há sete rodadas, o alviverde ocupa hoje a quinta colocação, com um jogo a menos que os rivais.

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