Topo

Atlético-MG

Mulheres acusam Cazares de agressão e acionam PM; jogador alega extorsão

Juan Cazares, meia-atacante do Atlético-MG - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Juan Cazares, meia-atacante do Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Beatriz Cesarini e Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG)

09/09/2019 11h09

No início da manhã de hoje (9), duas mulheres acionaram a Polícia Militar de Minas Gerais para fazer uma denúncia contra Juan Cazares, jogador do Atlético-MG. Elas alegaram às autoridades que foram agredidas pelo equatoriano durante uma festa promovida na casa dele. Enquanto isso, o meia acusa as moças de extorsão. A informação foi divulgada pelo jornal "O Tempo" e confirmada pelo UOL Esporte.

Em contato com o UOL Esporte, o Tenente Nasser esclareceu que a PM recebeu um chamado por volta de 6h30 de hoje e se dirigiu à casa de Cazares, local onde estaria acontecendo uma confraternização. Em depoimento às autoridades, o jogador alegou que percebeu que duas mulheres presentes na festa entraram no banheiro e estariam demorando muito para sair. Assim, o meia pediu para que uma amiga verificasse o que acontecia.

Ainda segundo o relato do jogador à polícia, as mulheres estariam fazendo o uso de drogas ilícitas. Cazares, então, pediu que as duas se retirassem de sua casa. Houve uma confusão já no lado de fora do local, e o meia do Atlético-MG falou que ambas as moças teriam pedido R$ 10 mil cada uma para que não contassem nada sobre o ocorrido. De acordo com o equatoriano, ele não aceitou o acordo, porque não teria feito "nada de errado".

À polícia, as mulheres relataram que foram agredidas pelo jogador e por outros três amigos, entre eles uma mulher, que também estavam na festa. Elas, por outro lado, alegaram que o jogador teria oferecido R$ 10 mil para que elas não divulgassem informações sobre o ocorrido. Sem acordo, elas decidiram chamar a PM.

O UOL teve acesso ao Boletim de Ocorrência. No registro, uma das supostas vítimas relata que notou que produtos pessoais de maquiagem e um vidro contendo substância entorpecente "cheirinho da loló" teriam sumido de sua bolsa. A jovem falou a Cazares e uma confusão generalizada se iniciou.

No registro, a mulher ainda declarou que "um homem desconhecido, que também participava da 'resenha', juntamente com jogador Cazares e outros convidados começaram a agredi-las com socos, puxões de cabelo. Sendo que Cazares puxou o cabelo de B* e bateu a cabeça dela no chão. Elas alegam que foram agredidas por várias pessoas, que ninguém interveio para conter a violência, que alguém chamou um táxi e jogou-as dentro do veículo".

Amiga de Cazares que também se envolveu na briga relatou que pediu para que as mulheres parassem de usar os entorpecentes, mas elas não aceitaram e entraram em luta corporal. "S.* disse que B.* começou a gritar, falar que conhecia gente perigosa do bairro Goiânia e começou a ameaçar o Cazares, dizendo que levaria na justiça, acabaria com a vida dele".

O Boletim de Ocorrência foi realizado em Lagoa Santa, na região metropolitana de Minas Gerais. De acordo com o Tenente Nasser, os quatro autores (Cazares e três amigos) e as duas vítimas (as mulheres que acionaram a PM) serão, em breve, chamados para prestarem depoimentos.

Em contato com a reportagem, Cazares não quis comentar o ocorrido: "Agora está tudo bem, estou em casa já", disse o atleta. Representante do Atlético-MG também foi procurado, mas não se manifestou até o momento da publicação da matéria.

*Os nomes dos envolvidos foram preservados pela reportagem

Atlético-MG