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Parece que o jogo mudou: oito voltas por cima mostram recuperação do Inter

Moisés é um dos jogadores que deu a volta por cima no Inter - Ricardo Duarte/Inter
Moisés é um dos jogadores que deu a volta por cima no Inter Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

19/01/2021 04h00

Parece que o jogo virou para oito jogadores do elenco do Internacional. A recuperação do time após a oscilação na saída de Eduardo Coudet trouxe também uma nova realidade, a volta por cima de atletas que antes eram pouco utilizados ou não tinham o mesmo valor no time. E o rendimento coletivo, o ambiente ou mesmo o que conseguiram mostrar o colocaram em posto diferente.

A reportagem do UOL Esporte separou situações que mostram como o Inter, coletivamente, cresceu a partir de 'renascimentos' no grupo, junto com o próprio Abel Braga, que sofreu contestações, mas hoje goza de total tranquilidade no reservado colorado.

Moisés, o exemplo da retomada

O primeiro da fila das "voltas por cima" é Moisés. O lateral esquerdo perdeu a titularidade durante a temporada, e, mesmo quando era dono do posto, jamais ganhou a confiança dos torcedores. Era repetidamente criticado e teve atuações que justificavam tal cobrança. Porém, evolui a cada jogo, ganhou respaldo do comando técnico e participou ativamente da vitória sobre o Fortaleza, no último domingo (17),como está se acostumando a fazer nos jogos.

Yuri Alberto, artilheiro da 'era Abel Braga'

Yuri Alberto não tinha total confiança da antiga comissão técnica. Mesmo no grupo, era utilizado eventualmente, normalmente no fim dos jogos. Mas bastou algum tempo para conquistar seu lugar. Artilheiro da 'era Abel Braga', ele vive seu melhor momento no clube.

Praxedes, novo dono do meio-campo

Se com Eduardo Coudet, Praxedes sofria o mesmo que os demais jogadores egressos da base — era considerado pouco experiente e não conseguia entrar no modelo de jogo — a partir da chegada de Abel Braga ele virou absoluto. Até oscilou, como é natural com os jovens que sobem ao principal, mas teve confiança para achar seu melhor futebol. Hoje é dono de posto no meio-campo vermelho e tem crescido a cada partida.

Lucas Ribeiro, de 2 minutos em campo a titular

Lucas Ribeiro foi contratado sem aval de Coudet. Por isso, sofreu no início de sua trajetória no Inter. Ainda que tivesse as características pedidas pelo treinador argentino, não era utilizado por ele, que preferia outras opções. Tinha apenas dois minutos em campo, por pouco não deixou o clube, até que o cenário mudou. Com chegada de Abel, passou a ser mais utilizado, e na lesão de Moledo virou titular do time. Contra o Fortaleza, já deu boa resposta.

Rodrigo Dourado, a volta do capitão

Rodrigo Dourado já estava recuperado de lesão há algum tempo. Apto a jogar, demorou mais do que o esperado a ser utilizado na equipe principal. Era preterido por Lindoso e até Musto na primeira função do meio-campo. Tanto que a primeira partida como titular, após as duas cirurgias no joelho que enfrentou, ocorreu já com Abel no comando. Desde lá, ele só cresceu, recuperando o futebol que mostrava antes do período de lesão. Capitão do time, é titular absoluto e deu a volta por cima.

Rodinei, ainda contestado, mas titular

Rodinei ensaia o mesmo processo de Moisés. Ainda que não tenha atingido o nível do lateral do lado oposto em atuação, o ex-flamenguista firmou-se como titular do time, mesmo com Heitor à disposição. Elogiado por Abel Braga por "não ser driblado por oponentes", ele também subiu de status no grupo.

Caio Vidal, o surgimento de uma opção

Caio Vidal não chegou no Inter há pouco. Pelo contrário, estava no elenco campeão da Copa São Paulo no início da temporada 2020, ao lado de Praxedes, Cesinha (hoje no Botafogo), Léo Borges, Pedro Henrique e Mazetti. Mas não havia recebido nenhuma chance com Eduardo Coudet. Bastou Abel Braga chegar para virar titular, fazer um gol importante contra o Ceará e mostrar regularidade.

Peglow, evolução e puxões de orelha

Peglow encantou Abel logo na arrancada. O treinador admitiu que não conhecia o jogador — campeão mundial sub-17 com a seleção brasileira em 2019 — logo que chegou, mas gostou muito do que viu. Com tempo, entendeu que precisava corrigir algumas coisas no rendimento do jovem, e assim passou a lidar com ele entre elogios e puxões de orelha. Aos poucos, é outro que ganha cada vez mais espaço no grupo.

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