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'Os vilões': Jogadores ficam marcados por erros em playoffs da NFL

11/01/2016 15h17

A rodada de wild card (repescagem) dos playoffs da NFL terminou neste domingo, e os fãs já aproveitaram para elegerem os vilões da temporada. Dos quatro jogos, dois foram definidos por um ou dois pontos, enquanto os outros foram verdadeiros passeios. Nas partidas apertadas, porém, o campeonato provou como o emocional pode ser um inimigo no momento mais necessário.

Entenda abaixo um pouco mais sobre o mais novo "rótulo" de Vontaze Burfict e Adam Jones, do CIncinnati Bengals, e Blair Walsh, do Minnesota Vikings, responsáveis pelas eliminações de suas equipes:

Duas faltas que mudaram a partida

No sábado, o Cincinnati Bengals recebeu o Pittsburgh Steelers em um "derby" que acontece duas vezes por ano na Divisão Norte da AFC. O confronto foi regado à muita provocação, faltas, brigas e, no fim, um fator que mudou o destino da Conferência Americana nos playoffs.

Faltando 14 segundos para o fim da partida, o time da casa vencia por 16 a 15, e o Steelers, que precisava apenas de um field goal para vencer, estava muito longe de alcançar a marca que tornaria o chute "mais fácil". Foi aí que surgiu a figura do linebacker Vontaze Burfict.

O jogador fazia uma boa partida até então, mas sempre foi conhecido por não ser o mais leal dos atletas. Antes do duelo, inclusive, ele havia afirmado que odiava a cidade de Pittsburgh.

O quarterback Ben Roethlisberger tentava um longo passe para o wide receiver Antonio Brown, mas não conseguiu completá-lo. Então, após o fim da jogada, Burfict acerta o jogador do Steelers com seu capacete, nocauteando-o e causando uma concussão. Resultado? Uma penalização de 15 jardas.

Mas, mesmo assim, o field goal ainda seria longo, de 50 jardas. Mas, enquanto Brown recebia atendimento no gramado, Adam Jones seguiu reclamando e, assim, o Bengals recebeu uma segunda falta de 15 jardas. Com isso, Chris Boswell acertou o chute de 35 jardas e deu a vitória ao Steelers por 18 a 16.

Não satisfeito com o rótulo de vilão, Jones afirmou nessa segunda-feira que o atleta rival estava fingindo a lesão, além de cometer uma gafe, dizendo que ele merecia ganhar um Grammy pela "atuação", visto que esse prêmio é destinado a artistas da música, e não atores.

- O Antonio Brown não estava machucado. Eu sei que ele estava fingindo. Volte e olhe a jogada. Se você voltar em slow motion, me diga se o Vontaze (Burfict) acertou ele na cabeça ou se suas ombreiras quase não o tocaram - disse Jones, no programa americano "The Dan Patrick Show".

A sina dos field goals persegue o Minnesota Vikings

No domingo, o duelo entre Minnesota Vikings e Seattle Seahawks abriu a rodada de wild card da Conferência Nacional. O confronto aconteceu na gelada cidade de Minneapolis, que, durante o jogo, registrou temperaturas na casa dos -18ºC.

A partida seguiu apertada até os momentos finais. O Vikings acertou três field goals em três tentativas com Blair Walsh, sendo o mais longo deles de 47 jardas. Com o placar em 9 a 0, os times entraram no último quarto de jogo.

Russel Wilson, quarterback do Seattle, acordou e ajudou seu time a marcar 10 pontos na parcial decisiva, mas a bola voltou para o time da casa, que teve mais uma chance de vencer a partida.

Após uma longa campanha ofensiva, com 22 segundos para o fim do confronto, o Vikings tinha um chute tranquilo de apenas 27 jardas para tentar eliminar os rivais. Durante a temporada, inclusive, foram 226 tentativas para marcar entre 20 e 29 jardas na NFL, com apenas seis erros.

Mas Blair Walsh acrescentou seu nome à lista. O holder (atleta que segura a bola durante o chute) virou as costuras da bola na direção do pé do kicker, o que dificulta a tentativa. Assim, a bola passou à esquerda da trave e o Seahawks venceu a repescagem por 10 a 9.

Agora, os torcedores do Vikings têm mais uma "história com field goals" para lamentar. Na final da Conferência Nacional de 1998/1999, Gary Anderson, kicker que não havia errado nenhuma vez durante a temporada, teve a chance de dar a vitória ao seu time contra o Atlanta Falcons, a dois minutos do fim.

Sua equipe liderava por 27 a 24, e Anderson tinha uma tranquila tentaniva de 38 jardas para abrir seis pontos de vantagem. Errou, viu o Falcons empatar o jogo e vencer na prorrogação. Até hoje, os torcedores do Minnesota lamentam aquela que foi, para o time, uma das maiores derrotas da história.