Topo

Juntos, 'pequenos' ingleses gastaram mais que outras cinco grandes ligas

02/02/2016 10h15

Como já era esperado, o país que mais gastou nesta janela de transferências da Europa, que se fechou na segunda-feira, foi a Inglaterra. Porém, os cinco principais clubes da Premier League - Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City e Manchester United - nada tem a ver com isso. Ou bem pouco. Sozinhos, os outros 15 clubes gastaram mais do que todas as outras cinco grandes ligas da Europa. Os "pequenos" (com destaque para as aspas) da Terra da Rainha desembolsaram 217 milhões de euros (R$ 937,5 milhões) em janeiro, contra 203 milhões de euros (R$ 877 milhões) das Primeiras Divisões de Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal.

Isso sem falar na Segunda Divisão da Inglaterra. Os clubes da Championship gastaram 38,5 milhões de euros (R$ 166,3 milhões). Valor superior aos gastos de Espanha, França e Portugal, e não muito distante da Alemanha. Mais uma vez, reflexo do dinheiro cada vez mais presente e do investimento principalmente da televisão no futebol inglês.

Os principais responsáveis são Watford, Stoke, Sunderland, Norwich, Newcastle e Everton. Destes, apenas os dois primeiros citados estão na metade de cima da tabela. E mesmo assim, um é décimo e outro é nono.

O Newcastle, 18º colocado e primeiro dentro da zona de rebaixamento foi ao mercado com força para fugir da queda. Contratou nomes conhecidos e cobiçados por outros times, como Jonjo Shelvey e Andros Townsend, e gastou um total de 37,7 milhões de euros (R$ 162,8 milhões). O Sunderland, grande rival dos Magpies e que está logo abaixo na tabela, não acertou como nomes badalados, mas desembolsou 24,9 milhões de euros (R$ 107,5 milhões). Mesmo valor que o Watford utilizou no mercado.

O Stoke, que já tinha gastado uma nota no verão, fez a sua maior contratação da história. O francês Imbula, que foi uma decepção no Porto, chegou por 24 milhões de euros (R$ 103 milhões). Foi a única compra dos Potters neste inverno. O tradicional Everton gastou 21,9 milhões de euros (R$ 94,6 milhões). Maior parte deste valor por Niasse, ex-Lokomotiv. Já os cinco grandes, juntos, gastaram 18,5 milhões de euros (R$ 79,9 milhões).

Enquanto isso, os outros países ficaram bem abaixo. A Itália foi movimentada. Um total de 83,6 milhões de euros (R$ 361,2 milhões). O mais caro foi o brasileiro Gerson, contratado pela Roma por 18 milhões de euros (R$ 77,7 milhões), e emprestado novamente ao Fluminense. A Alemanha desembolsou uma soma de 47,9 milhões de euros (R$ 207 milhões).

Espanha e França ficaram em valores bem parecidos. Na La Liga, foram 31,9 milhões de euros (R$ 137,8 milhões). Barcelona e Real Madrid ficaram parados, enquanto Atlético de Madrid comprou apenas Fernández, ex-Celta. Na Ligue 1, o Monaco botou a mão no bolso. Foram 12,5 milhões de euros (R$ 54 milhões) por Jemerson e Vagner Love. No total, o país gastou 31,5 milhões (R$ 136 milhões). Em Portugal, apenas 8,8 milhões de euros (R$ 38 milhões). Porto, Benfica, Sporting e Braga tiveram contratações discretas. Barcos, o reforço mais badalado dos Leões, chegou de graça. Os outros clubes não gastaram nada. Apenas empréstimos e jogadores livres.