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Prass explica comemoração com a torcida após sofrer pressão 'inédita'

04/03/2016 08h00

Quando Allione, já nos acréscimos, decretou a vitória do Palmeiras por 2 a 0 em cima do Rosario Central (ARG), uma cena chamou a atenção no Allianz Parque: Fernando Prass, destaque do jogo, saiu da meta e foi abraçar torcedores no Gol Sul. Depois de passar pela maior pressão da carreira, o camisa 1 explicou sua atitude inusitada.

"No contra-ataque eu só joguei junto: "faz, faz, faz, mata, mata". O Allione cortou, o cara bateu nele, fez o gol. Aí eu vi que acabou o jogo, o sofrimento e fui lá porque a torcida foi sensacional. O segundo tempo muito complicado e eles apoiaram, gritaram, cantaram o nome de todos os jogadores, treinador, tiveram uma atitude exemplar. Foi com certeza o diferencial hoje", justificou o camisa 1, eleito o melhor do jogo pela Conmebol.

Entre o gol de Cristaldo e o de Allione, o Palmeiras sofreu muito, especialmente no segundo tempo, em que o Rosario não saiu do campo de ataque. Além de fazer duas importantes defesas, Prass ainda pegou o pênalti cobrado por Ruben, destaque da equipe argentina. O resultado, no fim, não foi correspondente ao que o Verdão sofreu no Allianz Parque.

"Olha, difícil, viu. Não sei se a memória vai me trair, mas acho que não (havia sofrido pressão tão grande quanto a desta quinta). Foram dois tempos distintos. A gente não consegue manter, não tivemos tranquilidade para jogar. Essa pressão, cobrança, e a intranquilidade traz a falta de resultados. Talvez esse resultado de hoje ajude um pouco", completou o goleiro.

Com o resultado, o Verdão chegou aos quatro pontos em duas rodadas na fase de grupos na Libertadores. Mesmo líder da chave, o Palmeiras ainda peca pela inconstância. Segundo Prass, na noite passada o time fez o seu melhor tempo nos primeiros 45 minutos, mas também o pior, na etapa final.

"Dois tempos muito distintos. Jogamos melhor que o Rosario no primeiro tempo e no segundo o Rosario muito melhor. Mérito nosso que a gente soube sofrer, até mentalmente falando é uma carga de adrenalina grande. Tivemos bolas para prender e não conseguimos e gera um desgaste muito grande. Foram dois tempos bem opostos", encerrou.