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Citado no 'Panama Papers', cartola uruguaio deixa cargo na Fifa

06/04/2016 15h39

O vazamento de documentos do escritório de advocacia Mossack Fonseca, do Panamá, voltou a cair como uma bomba no mundo do futebol. Após Gianni Infantino, presidente da Fifa, ter supostamente assinado contratos de acordos de direitos televisivos na época em que era da Uefa, agora foi a vez de Juan Pedro Damiani, presidente do Peñarol, ter seu nome envolvido. Diante disso, o uruguaio entregou seu cargo no Comitê de Ética da entidade máxima do esporte.

A renúncia de Damiani começou a se desenrolar quando o Comitê de Ética da Fifa revelou que o dirigente, membro da câmara adjudicatória do comitê, estava sendo investigado por um suposto envolvimento com Eugenio Figueredo, que foi preso em Zurique no ano passado em meio aos escândalos de corrupção na Fifa. Como defesa, o presidente do Peñarol havia dito que não mantinha mais relação com Figueredo depois que ele foi acusado de fraudes.

A 'Panama Papers' engloba um período de cerca de quatro décadas e mostra empresas sediadas em paraísos fiscais utilizadas supostamente com a finalidade de lavagem de dinheiro, negociações com armas e drogas e evasão fiscal.

Nesta quarta-feira, a polícia federal suíça realizou uma ação na sede da Uefa, em Nyon (Suíça), por causa do contrato entre a entidade e a empresa Cross Trading, citado no 'Panama Papers' - companhias que criaram contas em paraísos fiscais para ocultar fortunas e contratos. O vínculo teve a assinatura de Gianni Infantino, que é atual presidente da Fifa. Mas, na ocasião, ele era responsável pelos assuntos legais da Uefa.

- A Uefa pode confirmar que hoje nós recebemos uma visita de oficiais da polícia federal suíça agindo sob um mandado e solicitando vista dos contratos entre Uefa e Cross Trading/Teleamazonas. Naturalmente, a Uefa está fornecendo à polícia federal todos os documentos relevantes em nossa posse e cooperando completamente