Seedorf, Inzaghi... Times italianos pagam fortuna para ex-treinadores
Com exceção da Juventus, os gigantes italianos perderam o protagonismo em solo nacional e, principalmente, na Europa. Problemas financeiros e pouca capacidade para montar um time capaz de bater de frente com equipes como Real Madrid, Barcelona e Bayern são alguns dos aspectos que deixaram Milan e Inter, principalmente, para trás. A escassez de dinheiro, contudo, também tem um pouco a ver com a falta de planejamento. Segundo o jornal "La Gazzetta dello Sport", os dois times de Milão sofrem para pagar quantias elevadas a ex-treinadores, que foram demitidos do comando dos clubes antes do fim do contrato. O montante chega a 21,2 milhões de euros (R$ 88 milhões), somando as outras agremiações do Calcio.
É o caso do holandês Seedorf. Ele deixou o Botafogo no início de 2014, anunciando aposentadoria como jogador para se aventurar como técnico do Milan, assinando um contrato de dois anos e meio. No entanto, não teve bons resultados e acabou demitido em junho daquele ano, após resultados aquém do esperado. Mas continua recebendo salários do Rossonero.
Seedorf não é o único. Após sua saída, o Milan anunciou o também ex-jogador Filippo Inzaghi, que tinha dois anos de contrato. Cumpriu apenas um e acabou deixando o clube, que agora é comandando por Sinisa Mihajlovic.
Por outro lado, a Inter de Milão parece sofrer do mesmo problema do rival. Em 2013, os Nerazzurri anunciaram a contratação de Walter Mazzarri, que vinha de uma boa temporada no Napoli. No entanto, ele foi demitido em novembro de 2014. Como tinha contrato por dois anos, a equipe seguiu pagando o salário do ex-treinador até o término do vínculo.
Esse problema não atinge apenas os dois grandes de Milão. O jornal italiano cita ainda o caso de Walter Zenga, ex-goleiro da Azzurra, que treinava a Sampdoria, mas foi demitido antes do fim do seu contrato e segue recebendo salário da equipe de Gênova.
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