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Bauza festeja goleada, fala em volta de Denis e pede calma com Toluca

29/04/2016 00h48

O técnico Edgardo Bauza, evidentemente, ficou muito satisfeito com a goleada aplicada pelo São Paulo por 4 a 0 sobre o Toluca (MEX), no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Bicampeão da competição, o argentino, no entanto, tentou acalmar a euforia. Ele disse que pediu aos jogadores para não festejarem no vestiário após o importante triunfo. O técnico disse que o time mexicano fará de tudo para inverter o placar, semana que vem, no México.

- Obviamente, fiquei muito conforme com a partida. O resultado, claro, foi bom. Nos propusermos a jogar 180 minutos, fizemos 90. Ainda falta 90.Em Toluca, na altura, conheço bem o técnico, vai fazer tudo para virar. Não festejamos nada, porque falta 90 minutos. Fiquei contente por causa da boa partida. Creio que foi a melhor partida desde que começamos a trabalhar. E vejo a equipe, todos os dias, crescendo um pouco mais. Está se transformando numa equipe séria, difícil para o rival. Isso que tenho proposto aos atletas e tem interpretado bem. Toluca quase não chutou, porque não pôde. A pressão foi constante. Vou muito satisfeito com tudo, e o jogo saiu como a gente planejou - analisou Patón.

O técnico argentino seguiu analisando a melhora do time. O São Paulo perdeu apenas um jogo na Libertadores, na estreia na fase de grupos, contra o The Strongest (BOL): 1 a 0, no Pacaembu.

- A equipe, ao meu entender, está melhorando, em todas as partidas melhora algo. Hoje vejo uma equipe sólida quando ataca, erra pouco. E depois temos um controle da bola que transforma a equipe rival, que tem de trabalhar muito para defender. Isso faz com que na partida de hoje, contra o River, passamos adiante. Mas na Libertadores, as dificuldades serão cada vez maiores. Agora em Toluca, com 2.800 metros, equipe muito forte como visitante. Vamos lá, teremos que correr e muito se quisermos chegar entre os oito melhores. Vamos começar a trabalhar para fazer - afirmou Patón.

O técnico também analisou os jogadores individualmente. Falou em Ganso como um craque. E disse que se o jogador continuar rendendo como vem fazendo, voltará à Seleção Brasileira.

- Todo mérito é dele. Eu só propus a ele ser o líder da equipe. E se ele se propusesse, voltaria à seleção do Brasil outra vez. Mas para isso teria de ter um grande rendimento aqui. E está tendo, comprometimento com o time, e o talento ele tem. Mérito de tudo. Só propus que trabalhássemos juntos. Porque quando a bola passa por ele, clareia tudo, vê coisas que outros não vê, faz coisas que os outros não fazem. Um jogador diferente, mas creio que pode jogar ainda melhor - falou o técnico.

Bauza também analisou Centurión, que marcou dois gols. O técnico contou que Alan Kardec até melhorou, que todos no clube esperavam que ele jogasse, mas acabou optando pelo argentino porque sentiu que ele estava num bom dia. Deu certo.

- Futebol tem essas coisas que são difíceis de encontrar explicação. Se tudo fosse normal, Centurión estaria fora do banco. Mas Kardec, com essa infecção, esteve com soro, muito debilitado e todos sentiam que estava para jogar. Mas eu, todos os dias com o atleta, vi que não estava bem Kardec para começar. Chegamos aqui e eu falei para ele, que ele não vinha bem, provavelmente entraria. E escolhi Centurión, que nos treinos estava bem, muito aguerrido, intituitivo. Por sorte, para o São Paulo, ele foi bem - afirmou.

Confira outros trechos da entrevista com Bauza, inclusive a parte em que ele fala sobre o retorno de Denis:

São Paulo mais respeitado

Todo mundo que vem aqui respeita, sabe da importância do São Paulo. Não é um rival fácil. Creio que foi a melhor partida. A equipe vem crescendo. Kelvin cada vez mais forte, a zaga central cada vez mais segura. Então, me dá a tranquilidade que tem feito bem a eles. Mas a Copa é uma história diferente em cada partida. Falei para eles não festejarem, porque ainda não ganhamos nada. Vamos lutar para ver se podemos conseguir a vaga.

Denis volta?

É titular, se não ocorrer nada, certamente voltará. Igual Centurión, Calleri vai voltar. O que me alegra é que tanto Renan quanto Centurión, necessitamos de tudo. Isso me alegra.

Morumbi como fator decisivo

A primeira partida que jogamos contra o The Strongest, a equipe era outra. Em nível futebolístico. Faltava tempo, trabalho, dias. O que tem a equipe hoje é isso. Tem identidade que o caracteriza. E o que vamos fazer é crescer como equipe. Me alegro por toda a torcida que vem nos apoiar, porque necessitávamos fazer uma partida como a de hoje. Para o que passe o que passe, siga nos apoiando. Tinha de dar a eles uma partida como essa.