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Prefeitura tenta anular doação de terreno do Morumbi na Justiça

02/05/2016 15h38

A Prefeitura de São Paulo entrou na Justiça para tentar anular a doação do terreno onde foi construído o Morumbi, na década de 1950. A informação foi publicada pelo site GloboEsporte.com no fim da manhã desta segunda-feira e confirmada pela reportagem. O Tricolor, que não é citado no processo, está ciente do caso e o departamento jurídico já se organiza para solucioná-lo.

Quem assina a ação é o procurador Luis Felipe Ferreira Mendonça Cruz. Segundo ele, em 1951, a Empresa Mercantil e Comissionária Merco S.A. recebeu licença para construir um loteamento residencial, desde que uma área de 100 mil metros quadrados fosse utilizada como praça pública. Foi aí que a Imobiliária Aricanduva apareceu no negócio, ao lado do São Paulo.

A imobiliária comprou justamente a parte que deveria se tornar espaço público e enviou uma petição à prefeitura para informar que doaria a parcela do terreno ao Tricolor. O então presidente Cícero Pompeu de Toledo, que batizaria o estádio, convenceu o departamento de urbanismo a liberar o negócio e finalizou a doação em agosto de 1952.

Oito anos mais tarde, o São Paulo inaugurou o Morumbi e o restante do loteamento seguia vazio. Agora, a prefeitura alega que o processo feito na década de 1950 não foi legítimo e tem apoio da Associação Sociedade dos Amigos da Vila Inah e Jardim Leonor para anular a doação. O Ministério Público também se mostrou favorável à campanha.

Se a doação for anulada, a prefeitura volta a ter controle sobre o terreno e, a partir daí, pode negociar contrapartidas com o São Paulo. A expectativa, no entanto, é que o caso ainda se arraste por mais tempo nos tribunais, já que o Tricolor considera legal o processo de doação.