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Para presidente do COI, doping atingiu um 'nível de criminalidade sem precedentes'

18/05/2016 17h42

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, segue empenhado na luta contra do doping. Isso porque, a cada semana novos casos são descobertos, inclusive alguns cometidos anos atrás e com a ajuda de confederações internacionais. Segundo o dirigente, a situação alcançou um "nível de criminalidade sem precedentes".

Na última terça-feira, o COI revelou que 31 atletas de 12 países foram flagrados após 454 exames realizados na Olimpíada de Pequim (CHN), em 2008, terem sido analizados novamente. Se não bastasse, na semana anterior, a Rússia foi acusada de interferir em testes realizados durante os Jogos Olímpicos de Inverdo de 2014, em Sochi (RUS). Esse último caso já até estaria sob investigação de procurados americanos, segundo o New York Times.

- Se a investigação provar que essas alegações são verdadeiras, isso representaria uma nova dimensão chocante sobre o doping com um.... nível de criminalidade sem precedentes - afirmou Bach.

Segundo o presidente do COI, as punições nesse caso russso girariam em torno do banimento para qualquer pessoa envolvida, sanções financeiras e até a suspensão ou exclusão de uma federação nacional.

O Comitê ainda pediu para que seus laboratórios em Lausanne (SUI) façam uma nova análise dos testes em Sochi "usando os mais modernos e eficientes métodos à disposição".

Novos casos revelados

O COI anunciou nesta quarta-feira que vai revelar novos casos de doping referentes aos Jogos Olímpicos de Londres (ING), em 2012, na próxima semana. Foram reavaliados 250 testes.

- Não podemos dar fetalhes, mas divulgaremos números - afirmou o diretor médico e científico do COI, Richard Budgett.

Na última terça-feira, o Comitê revelou 31 novos casos de doping em exames refeitos dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.

Após a revelação dos casos, os atletas terão dez dias para comparecer à realização de um segundo teste de cada amostra. Um resultado final será conhecido em dois ou três dias, no início de junho.

Segundo o presidente do COI, caso algum medalhista esteja envolvido, as medalhas só serão devolvidas após a realização do novo exame.