Barça desencante na prorrogação, vence o Sevilla e leva a Copa do Rei
Que sufoco! Neste domingo, no Vicente Calderón, o Barcelona teve que gastar todas as forças para superar o valente Sevilla por 2 a 0, na prorrogação, e sagrar-se bicampeão da Copa do Rei. No tempo regulamentar, placar em branco, uma expulsão para cada lado e momentos de extrema agonia para os catalães. Jordi Alba e Neymar foram os heróis. Messi, por sua vez, vestiu uma gravata de borboleta e trabalhou como garçom.
Não existe final sem sofrimento. A frase é atribuída ao técnico do Barcelona, Luis Enrique, na véspera do confronto deste domingo. Lucho não imaginaria ficar com dez jogadores ainda no primeiro tempo. Mascherano puxou a camisa de Gameiro, quando este estava na direção do gol, na entrada da área. Banega, de falta, obrigou Ter Stegen a fazer a melhor defesa nos primeiros 45 minutos.
Antes de ficar em vantagem numérica, o Sevilla marcou muito bem as armas ofensivas do Barcelona. Os catalães se resumiram a um arremate para fora de Suárez e uma cabeçada com perigo de Piqué. Colocar a bola no chão e imprimir o ritmo estava complicado.
Para ter mais segurança na defesa, o Barça voltou com Mathieu no lugar de Rakitic. Foi a alteração mais lúcida já que Luis Enrique não poderia mexer no MSN e nem tirar Iniesta, o nome mais lúcido do meio de campo dos catalães.
Nada é tão ruim que não possa piorar, diz um provérbio inglês. No início da segunda etapa, Banega acertou a trave de Ter Stegen. Minutos depois, Suárez foi dominar uma bola e acabou acometido por uma lesão na coxa direita. O Barcelona ficava sem o principar jogador e artilheiro.
Com tranquilidade, o Sevilla ocupou o campo de defesa do Barcelona e foi criando chances para abrir o placar. Uma cena até incomum. Ver o Barça acuado atrás contra um time menor. Já a equipe Blaugrana só conseguiu assustar (pouco) nas bolas paradas.
No fim, a situação deu uma clareada para o Barça. Banega derrubou Neymar na entrada da área. Era o último homem. O juiz não hesitou e mandou o volante para o vestiário, na última partida do argentino pelo Sevilla.
A partida foi para a prorrogação. Com dez contra dez, o Barcelona conseguiu equilibrar a partida. Aí apareceu Messi. O craque colocou nas costas de Vitolo e calculou corretamente a chegada de Jordi Alba. O lateral-esquerdo bateu cruzado e abriu o placar. No primeiro tempo, os catalães ainda tiveram mais três oportunidades. Piqué, Daniel Alves e Busquets foram parados por três grandes defesas do goleiro Rico.
Segundo tempo. O técnico do Sevilla, Unai Emrey, lançou Llorente no lugar de Iborra para tentar empatar o jogo na bola aérea. O Barça, no entanto, já tinha o controle do jogo, pela primeira vez, diga-se. Carriço perdeu a cabeça e deixou os andaluzes com nove em campo. No último lance, Messi deu a bola para Neymar fechar o caixão.
No apito final, um alívio tremendo e o sétimo título no intervalo de apenas um ano.
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