Atletismo: Comitê se reúne sexta-feira para decidir se a Rússia disputa a Rio-2016
O dia D para o atletismo da Rússia está marcado. Na sexta-feira, o conselho da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) se reúne em Viena (AUT) para definir se o país poderá disputar a Olimpíada do Rio de Janeiro.
Os russos foram suspensos de todas as competições internacionais em novembro do ano passado após a divulgação de um esquema de doping sistemático no atletismo do país patrocinado pelo governo.
Assim, a Agência Mundial Antidoping (Wada) fez uma série de pedidos à Rússia para que o país se adequasse às normas da entidade. Os russos, inclusive, já confirmaram que diversas ações já foram tomadas.
Segundo a agência internacional de notícias France Presse (AFP), o Comitê Olímpico Internacional (COI) teria sinalizado com um "abrandamento" da pena a alguns atletas que não foram flagrados no doping, como é o caso da varista campeã olímpica e mundial Yelena Isinbayeva. Assim, alguns competidores russos estariam liberados para participarem dos Jogos no Rio de Janeiro.
- É uma opção plausível. Mas quais são as garantias que podemos ter dos russos. É um sistema estatal e é difícil tirar senso das coisas. Também é um problema de credibilidade para a IAAF. Nossa imagem está manchada e o único jeito de retificar as coisas é sendo duro - disse o presidente da Federação Francesa de Atletismo e membro do conselho da IAAF, Bernard Amsalem.
Mas há muita pressão, política e de todos os tipos, diretas e indiretas em cada um de nossos países, o que indica que alguns membros irão hesitar - completou Amsalem.
Atletas apelam para o Comitê Olímpico em carta
A dois dias do veredito que definirá o possível retorno de atletas russos à Olimpíada do Rio de Janeiro, os principais competidores do país fizeram uma carta apelando ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para a reinstauração da Rússia nos Jogos.
Encabeçados por Isinbayeva, que já cogitou até apelar ao Tribunal Superior do Esporte, os compeditores afirmaram estar comprometidos na luta contra o doping.
"Pedimos a você e ao COI que tomem uma atitude humanitária com os muitos atletas cujos destinos estão em jogo e que tomem decisões equilibradas e sábias (...) Garantimos que nossos atletas estão limpos. Nenhum deles jamais tomou substâncias proibidas, e não há suspeitas sobre eles. Por favor, conte-nos o que mais precisamos fazer para convencer a comunidade olímpica do nosso comprometimento na luta contra o doping", disseram, em um dos trechos da carta.
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