Artilheiro da Liberta, Calleri mostra ansiedade por 'atmosfera' de decisão
Boa parte das esperança do torcedor do São Paulo na Copa Libertadores da América está depositada em Jonathan Calleri. O argentino disputou dez partidas e marcou oito gols até o momento, como artilheiro na competição sul-americana. E Jony não esconde a ansiedade de encarar a semifinal contra o Atlético Nacional (COL), às 21h45 desta quarta-feira, no Morumbi.
- Nós passamos por muitos momentos complicados, mas nos unimos, trabalhamos forte e conseguimos chegar. O time inteiro está focado e sabemos o que esse jogo representa para clube, torcida e cada um de nós. Tudo o que envolve um jogo como esse é diferente, a atmosfera, a cobrança, a cobertura da imprensa. É a típica partida que todo jogador quer disputar e não sou diferente. Gosto desse ambiente e não vejo a hora de entrar em campo, ver o estádio lotado e dar o meu máximo - avisou o camisa 12.
O Tricolor pode bater o quarto recorde de público na temporada brasileira, desbancando a própria marca no duelo das quartas de final contra o Atlético-MG: 61.297 torcedores. O clube já esgotou as arquibancadas e a parcela das cadeiras que pode incluir nas vendas antecipadas. Serão somados ainda ingressos de cativas, camarotes e promocionais. Já no gramado, a missão de Calleri será quebrar uma marca negativa: três jogos sem gols na Libertadores.
O último tento de Jony no torneio foi no encerramento da fase de grupos, no empate em 1 a 1 com o The Strongest (BOL). A cabeçada certeira garantiu a classificação são-paulina, mas o argentino acabou expulso no fim do jogo e perdeu o primeiro duelo com o Toluca (MEX) nas oitavas de final. Depois, foram mais três partidas e nenhuma rede balançada pelo centroavante.
Ainda assim, a média de Calleri é altíssima. Somando o tempo das dez partidas disputadas, o atacante tem 720 minutos em campo, o que gera média de um gol a cada 90 minutos. Os oito tentos o levaram à artilharia do torneio, dividida com os já eliminados Marco Rúben, do Rosário Central (ARG) e Ismael Sosa, que defendia o Pumas (MEX) e agora está no Tigres (MEX).
A marca ainda é a maior do São Paulo em apenas uma edição, igualando recorde de Luis Fabiano na temporada de 2004. Entre os estrangeiros que defenderam o Tricolor, Calleri só perde para a lenda uruguaia Pedro Rocha, autor de dez gols em duas participações na Libertadores pelo clube paulista.
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