Arbitragem na Libertadores tira o sono do São Paulo desde a estreia
O São Paulo iniciou, na última quarta-feira, sua participação na quinta fase desta edição da Copa Libertadores da América. E em todas elas o Tricolor tem argumentos para reclamar da arbitragem do torneio. A bronca, que chegou a ser formalizada com ofício enviado à Conmebol, teve mais um capítulo diante do Atlético Nacional (COL) com a expulsão de Maicon.
Aos 28 minutos do segundo tempo, no Morumbi, o zagueiro empurrou a cabeça do atacante Borja, que caiu no gramado simulando ter sofrido uma agressão. O árbitro argentino Mauro Vigliano, de frente para o lance, bancou a agressão e mostrou o cartão vermelho ao capitão do clube paulista. Mas o histórico de reclamações tricolores começou há bem mais tempo.
Logo na estreia da Libertadores, em Trujillo (PER), contra o César Vallejo, o centroavante Alan Kardec acertou cabeçada forte que bateu no travessão e pingou dentro do gol, mas a bola voltou para a área na sequência. O trio de arbitragem comandado pelo equatoriano Roddy Zambrano não validou o lance e os brasileiros sofreram para conseguir empate em 1 a 1.
Mais tarde, já na fase de grupos, foram duas reclamações envolvendo o argentino Jonathan Calleri. Primeiro foi em Buenos Aires (ARG), contra o River Plate. O São Paulo vencia por 1 a 0 quando Jony sofreu falta não marcada que originou o ataque do gol de empate dos donos da casa. Depois, o atacante ainda sofreu pênalti do goleiro Barovero, ignorado pelo chileno Júlio Bascuñán.
No encerramento da fase, o Tricolor arrancou empate em 1 a 1 com o The Strongest (BOL) em La Paz e reclamou do chileno Roberto Todar. O árbitro expulsou Calleri após o apito final e não deu nenhuma explicação sobre o caso, tanto que o argentino, que sofreu duas agressões quando saída de campo, foi absolvido em julgamento na Conmebol.
O estopim para que a diretoria são-paulina enviasse ofício à entidade contra a arbitragem foi um pênalti não marcado sobre Centurión no jogo de volta das oitavas de final, contra o Toluca (MEX). O argentino levou pontapé na área quando os mexicanos venciam por 2 a 1, mas o colombiano Wilson Lamourroux não marcou nada. Os donos da casa ainda ampliaram no fim.
A reclamação não surtiu efeito, tanto que na partida seguinte as reclamações se intensificaram. Contra o Atlético-MG no Morumbi, Marcos Rocha agrediu Kelvin nos primeiros minutos das quartas de final e passou impune. No segundo tempo, Leonardo Silva acertou soco em Calleri e também não recebeu cartão vermelho. Em contrapartida, no jogo de volta, os atleticanos reclamaram de pênalti de Hudson, que puxou Leonardo Silva após cruzamento.
Na próxima quarta-feira, em Medellín, São Paulo e Atlético Nacional duelarão no estádio Atanasio Girardot com arbitragem do chileno Patrício Polic, auxiliado por Marcelo Barraza e Christian Schiemann.
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