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Bruno Paulo deixa 'vida agitada' no passado e festeja chance no Timão

07/07/2016 18h22

Após seis semanas de espera, Bruno Paulo finalmente foi apresentado como reforço do Corinthians, na tarde desta quinta-feira. Algoz do Timão na semifinal do Paulista, o jogador vindo do Audax foi submetido a uma cirurgia no pé direito passou o último mês e meio se recuperando. Agora, está apto a ajudar a equipe de Cristóvão Borges.

- Jogar no Corinthians é o sonho de qualquer jogador, e eu estou realizando o meu. Quero mostrar para todo mundo meu trabalho. Estava há sete partidas jogando com o pé aberto no Audax, agora a dor está sumindo aos poucos. Quero mostrar meu futebol alegre. Sem dor, melhor ainda - disse o reforço, acompanhado pelo diretor adjunto de futebol, Edu Ferreira.

Bruno Paulo reencontrou no Timão o ex-companheiro de Audax, Camacho. Mas a relação dos dois vai muito além das quatro linhas: Camacho ajudou o atacante a se reerguer na fase mais difícil de sua vida. Bruno Paulo teve problemas no início da carreira, em 2009, quando o sucesso e o dinheiro meteóricos levaram à falta de comprometimento e às acusações de indisciplina. O jogador, que teve passagens por Flamengo, Palmeiras, Vasco, Bahia, Atlético-PR e chegou a ficar desempregado, garante que a "vida agitada" ficou para trás e festejou a chance com a camisa alvinegra.

- Eu era muito moleque, comecei a ganhar dinheiro muito cedo e fiz coisas que não deveria. Hoje penso dez vezes antes de fazer as coisas, estou mais maduro e aprendi muito. Eu se é um menino novo ganhando dinheiro, todo mundo quer ser seu amigo. Quando eu perdi as coisas, percebi que não era assim - explicou o jogador, demonstrando gratidão ao novo companheiro.

- Hoje em dia é diferente, estou no Corinthians, tendo outra chance. Cresci numa favela em Niterói, não tinha nada, morei na casa do Camacho. Ele e a mãe dele me ajudaram. Hoje eu não estou realizado, ainda tem muita coisa para acontecer aqui no Corinthians, mas estou feliz - acrescentou.

Bruno Paulo tem contrato até julho de 2019 e prefere jogar pelos lados, "indo para cima e fazendo as jogadas" de que gosta. Ele evitou falar sobre a participação na eliminação do Corinthians na semifinal do Paulista - na qual ficou marcado por chapéu em Romero - e projetou as novas partidas diante da Fiel, que, desta vez, estará a seu favor.

- Jogar com a torcida contra dá medo, arrepia. A favor é melhor ainda. No início da semifinal foi difícil, mas aí fizemos o gol e facilitou. Sobre Romero, deixa para lá. Agora quero dar chapéu em outros jogadores - concluiu.