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'Eusébio, Figo e CR7. Três ídolos, três gerações. Cada um com o seu papel'

11/07/2016 16h56

A seleção portuguesa conquistou neste domingo o primeiro título do futebol profissional. Em outras oportunidades, acabou batendo na trave. Basicamente, o pequeno país tem três gerações que merecem mais destaque, e realmente fizeram os patrícios sonharem. A dos anos 1960 liderado por Eusébio, a da virada do século, tendo Figo como craque, e agora a vencedora, tendo como símbolo, Cristiano Ronaldo. Cada uma delas teve a sua importância.

Até a geração de Eusébio, Portugal nunca tinha jogado uma Copa do Mundo, e muito menos a então recém-criada Eurocopa. Eusébio já vinha de registros impressionantes com o Benfica. Levou o time a dois títulos da Liga dos Campeões e diversas outras conquistas nacionais. A geração que ficou conhecida como Os Magriços, que tinha ainda Simões, Coluna, José Augusto e José Torres, Eusébio, a equipe das quinas foi à semifinal da Copa do Mundo de 1966 e entrou no mapa. Essa foi a contribuição do Pantera Negra.

Depois de um período sem grandes participações, apenas uma Eurocopa indo à semifinal em 1984, surgiria a geração que faria Portugal ser visto de outra forma. O bi do Mundial Sub-20 de 1989 e 1991 iria trazer jogadores como Jorge Couto, João Pinto, Jorge Costa, Rui Costa e, principalmente, Figo, surgiram. Aos poucos, vieram Pauleta, Nuno Gomes, Costinha, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Nuno Valente... E Portugal virou frequente em competições internacionais. De 1996 para cá, só não esteve na Copa do Mundo de 1998.

E não foram meras participações. Nas três Eurocopas que Figo jogou, chegou sempre ao mata-mata. Em 1996 foi às quartas, em 2000 atingiu a semifinal, e em 2004, já com Deco, mais um astro importante desta geração, foi vice. E foi neste torneio em casa que começou a passar o bastão a Cristiano Ronaldo. Com uma sequência boa, Portugal aos poucos mudou de status. Passou de mero figurante a pelo menos ao time que "corre por fora".

Figo ainda jogou a Copa do Mundo de 2006, em que Portugal foi semifinalista, e então saiu, deixando CR7 brilhar de vez. Em 2010 ele já era o capitão e grande astro da companhia. No início, sentiu alguma dificuldade em ser líder. Além de ver a equipe das quinas ser taxada de seleção de um jogador só. Queiroz e Paulo Bento não conseguiram armar um grande conjunto que deixasse a individualidade de Ronaldo se destacar. A seleção teve alguns bons momentos, foi à semifinal da Euro de 2012 com o atual treinador do Cruzeiro, mas não empolgava muito.

Com Fernando Santos, Cristiano Ronaldo atingiu a maturidade de líder. Os momentos que se tornarão clássicos são quando chama João Moutinho para bater o pênalti contra a Polônia, e na final, praticamente sendo um outro técnico ao lado de Santos. A parcela de CR7 ficará para sempre. Já pode ser colocado entre os melhores da história, acima até do Pantera Negra e do Figo, e foi quem, afinal, levou um troféu à Terrinha.