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Curiosidades olímpicas: Brasil volta a ganhar medalha em Londres-1948

17/07/2016 08h05

Londres marcou a retomada do movimento olímpico depois da Segunda Guerra Mundial. O conflito militar que envolveu as principais potências do planeta e matou mais de 20 milhões de pessoas forçou o cancelamento das edições previstas para 1940 e 1944. Antes de Londres, a última Olimpíada havia sido organizada em Berlim, em 1936, com a Alemanha já sob o regime nazista liderado por Adolf Hitler.

Depois de quatro edições dos Jogos sem medalhas - a última conquista viera em Antuérpia, na Bélgica, em 1920 -, o Brasil voltou ao pódio na Olimpíada de Londres, com o basquete masculino. Em campanha surpreendente, o time brasileiro somou sete vitórias seguidas até cair para a França, na semifinal. Na disputa pelo bronze, o Brasil venceu o México por 52 a 47. Foi a primeira medalha conquistada pelo país em um esporte coletivo na história olímpica.

"Dona de casa voadora". Esse foi o apelido recebido pela holandesa Fanny Blankers-Koen, 30 anos e mãe de dois filhos pequenos, em Londres. Ela faturou quatro medalhas de ouro no atletismo: 100m e 200m rasos, 80m com barreiras e revezamento 4x100m.

O húngaro Karoly Takacs era um integrante da equipe campeã mundial de tiro em 1938, quando uma granada explodiu em sua mão direita - a mão da pistola. Takacs aprendeu sozinho a atirar com a mão esquerda e, 10 anos depois, ele ganhou uma medalha de ouro olímpica na prova de pistola de tiro rápido 25 metros. Ele conquistaria outro ouro quatro anos depois, em Helsinque-1952.

Derrotados na Segunda Guerra Mundial, Alemanha, Itália e Japão não foram impedidos pelo Comitê Olímpico Internacional de participar dos Jogos, como acontecera ao final da Primeira Grande Guerra. No entanto, apenas os italianos participaram. Os japoneses não aceitaram o convite e a Alemanha, em razão da ausência de um governo formal, acabou não sendo convidada.

A norte-americana Alice Coachman venceu a prova de salto em altura, tornando-se a primeira mulher negra a ganhar um ouro olímpico. Anos mais tarde, ela foi também a primeira garota-propaganda negra de uma marca de consumo, a Coca-Cola.