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Curiosidades olímpicas: surge o primeiro herói brasileiro em 1952

18/07/2016 08h05

Os Jogos de Helsinque marcaram o surgimento do primeiro herói da história olímpica do Brasil. Adhemar Ferreira da Silva superou o recorde mundial quatro vezes no salto triplo. Saltou 16,05m, passou para 16,09m, para 16,12m e, finalmente, "voou" 16,22m. Consagrado com a medalha de ouro, tornou-se o principal nome da delegação brasileira naquela edição e iniciou o caminho que o transformaria em um mito do atletismo nacional (veja o vídeo da prova aqui).

Na cerimônia de premiação dos 1.500m rasos, um erro da organização deixou o vencedor da prova Josy Barthel decepcionado. Eles não conseguiram encontrar o hino de Luxemburgo, país do medalhista de ouro, para tocar na hora da entrega das medalhas.

Horace Ashenfelter era um agente do FBI, o serviço de inteligência da polícia dos Estados Unidos, quando conquistou o ouro na prova dos 3.000m com obstáculos na edição de 1952. Em sua preparação para a prova, costumava treinar à noite saltando os bancos de uma praça.

A medalha de prata conquistada pela amazona dinamarquesa Lis Hartel na prova de adestramento marcou um dos momentos de maior superação nos Jogos de Helsinque. Ela faturou a prata mesmo paralisada do joelho para baixo em razão da poliomielite na infância.

O tcheco Emil Zatopek, conhecido como a "Locomotiva Humana", deixou os Jogos de 1952 com três medalhas de ouro nos 5.000m, 10.000m e da maratona, algo que nenhum outro atleta fez até hoje. Já sua esposa Dana venceu a prova do arremesso de dardo em Helsinque (veja o vídeo das provas aqui).

Assim que o francês Jean Boiteux bateu a mão na borda da piscina para vencer a prova dos 400m peito em Helsinque, um homem de boina e roupa pulou na água para abraçá-lo. Ninguém entendeu nada, até que Boiteux disse que era o seu pai. Foi um dos momentos mais emocionantes dos Jogos de 1952.