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Cuca vê 'nuvenzinha preta' pairar e tenta coibir abatimento no Palmeiras

01/08/2016 18h21

Depois de duas derrotas seguidas e a perda da liderança do Brasileiro, Cuca mudou a programação e foi o entrevistado desta segunda-feira no Palmeiras no lugar de Moisés. Durante os 15 minutos que falou com a imprensa, o treinador disse que uma "nuvenzinha preta" parou na Academia de Futebol, mas já pensa em formas de evitar que esta má fase se prolongue no CT.

- Na derrota você aprende muitas coisas de ordem interna, de amadurecimento profissional, de que pode fazer coisas diferentes em um futuro muito próximo. Na metade de campeonato, em que o momento nosso não é o ideal, uma nuvenzinha preta parou aqui, mas já, já vai para outros lados. Para o aeroporto, Baixada, para o Sul, sai daqui! (risos) - disse o treinador.

- Ontem (domingo) estava suspenso, não pude falar com vocês, nem fui ao vestiário. Eu senti falta e acho que faço falta. Este fim de semana foi horrível, muito ruim para nós em todos os sentidos. A começar pela perda do Prass, depois aconteceu coisa pior, o acidente com nosso menino, o Artur (Ramalho, supervisor). Estamos rezando por ele e isso abala mais que uma derrota - acrescentou. Apesar da fala do treinador, o funcionário do clube, que segue internado, está fora de perigo.

As últimas semanas foram bem movimentadas no clube, pois além da queda de rendimento e da lesão de Prass, Gabriel Jesus está prestes a assinar com o Manchester City (ING), enquanto jogadores como Vitor Hugo, Róger Guedes e Dudu receberam ofertas para sair - todas recusadas pelo clube. Segundo Cuca, isto também mexe com o grupo.

- Os próprios comentaristas foram jogadores na maioria, eles têm a condição de analisar porque passaram por isso (interesses de outros clubes). A cabeça do ser humano você não liga e desliga. Cabe a nós mostrar o caminho, você tem que ser um ganhador - acrescentou.

Após perder a liderança do Brasileiro, Cuca mudou os planos, e o Palmeiras viaja para Chapecó depois do treino desta terça-feira. O técnico terá dois dias para pensar na escalação em resposta a uma atuação fraca contra o Botafogo. Se no ataque ele ainda não crava quem jogará, no gol o técnico evitou qualquer questionamento e disse que Vagner continua.

- Jogamos contra o Inter (1 a 0 no Beira-Rio) com Róger Guedes, Erik e Gabriel Jesus. Eu tento buscar mais ou menos esta linha, e nisso o Leandro (Pereira) é mais parecido com ele (Jesus). Queria usar o Barrios no segundo tempo, não deu, perdi a troca do Edu por lesão e isso me impediu colocar o Barrios, Allione... A gente também tem trabalhado bem o Dudu para voltar a ter aquela explosão, força, e ele está melhorando bem. Estamos atentos aos treinos para recuperar o lugar dele de tamanha importância - explicou o treinador.

- As coisas vão melhorando aos poucos. Já passei situações assim no futebol, o Botafogo em 2007, 2008. Era líder, tinha vantagem e aconteceu de perder o goleiro. E aí eu mudei e coloquei outro goleiro. Depois coloquei outro. E fiquei sem nenhum. Se eu pudesse voltar, manteria o Júlio César, que não foi tão bem no começo, até o fim. O goleiro é o Vagner, não adianta colocar o Jailson na quinta-feira. Se falha, eu volto com Vagner? Perdemos tudo. O guri é bom e vai pegar confiança. Temos de ter a convicção e passar a tranquilidade que já passei lá dentro - completou.