Sem Bauza, São Paulo pode ter técnico da base contra o Atlético-MG
A diretoria do São Paulo considera o cenário atual menos favorável para escolher um novo treinador do que quando contratou Edgardo Bauza, no fim do ano passado - o treinador foi confirmado como comandante da Argentina nesta segunda-feira. A análise é de que as circunstâncias reduzem as opções de mercado por diferentes razões e pode fazer com que o modelo buscado não seja encontrado com facilidade.
O São Paulo sabe que não há muito tempo para acertar o substituto, diante dos desafios que se aproximam, e pode ter André Jardine no banco na quinta-feira contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. Jardine é o treinador do vencedor time Sub-20 e seria a primeira opção para preservar o auxiliar técnico Pintado. Hoje, a diretoria entende que o ex-volante está muito bem em seu cargo de apoio, sem necessidade de exposição em uma função provisória.
Sobre o substituto, antes da confirmação da saída de Bauza, o São Paulo tinha uma certa rejeição ao padrão de técnicos brasileiros. A diretoria considera que há no país uma filosofia viciada, que determina um treinador de superpoderes, figura vista acima do planejamento do clube. Com Bauza, a cúpula tentou fugir desse estigma. Restringiu a área de atuação do argentino no campo, ele passou a conceder menos entrevistas para evitar que virasse uma espécie de porta-voz oficial, como acontece em outras agremiações brasileiras.
A desconfiança com técnicos do país não necessariamente quer dizer que o São Paulo descarta contratar um profissional daqui. Os dirigentes também gostam de frisar que não vão trazer um estrangeiro apenas por ser estrangeiro. Argumentam que tanto com Bauza quanto com o colombiano Juan Carlos Osorio, a escolha foi minuciosa e bem-sucedida, tanto que ambos saíram para uma seleção.
Esse aspecto, aliás, pode ser usado pelo São Paulo como trunfo para convencer outros profissionais. Um nome que agrada os dirigentes é o do colombiano Reinaldo Rueda, atual campeão da Libertadores pelo Atlético Nacional (COL), que eliminou o Tricolor nas semifinais. No entanto, Rueda entra justamente nessa dificuldade das circunstâncias. Como sairá do Nacional se disputará o Mundial de Clubes no fim do ano?
Certo é que a diretoria pensa em manter o trabalho que vem sendo desenvolvido e terá de mostrar força a partir de hoje, quando o comando já será outro. O trabalho de dia a dia do CT precisa ser preservado, seja quem for o escolhido.
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