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'Espião', Volpi destaca mexicanos que podem nos tirar o ouro novamente

03/08/2016 13h41

Aos 25 anos, Tiago Volpi vive ótima fase no Querétaro, conforme o LANCE! informou na última semana. Já nesta, a que marca o início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, o goleiro mostrou que pode ajudar o Brasil de uma forma diferente: sendo "espião".

Em conversa com a nossa reportagem, Volpi alertou para a competitiva equipe mexicana, que foi a nossa algoz na final de Londres-2012. Para o goleiro, além de Peralta, que marcou dois gols na decisão diante da Seleção Brasileira há quatro anos, a joia Lozano também pode ameaçar o nosso inédito ouro em Olimpíadas.

- Acredito que a equipe do México pode fazer uma grande Olimpíada, como fez na última. Até porque, da equipe que teoricamente é a titular e deve estrear contra a Alemanha, 90% dos jogadores, contando com os acima dos 23 anos, são titulares nos clubes que defendem. Então, esses atletas já trazem uma boa experiência e uma boa bagagem para a competição. Quanto aos destaques, sabemos que o Peralta é um grande atacante, inclusive, já decidiu contra o Brasil. Além dele, o Hirving Lozano, que faz a função de meia-atacante no Pachuca, é uma das promessas do México e vem se destacando muito no campeonato nacional, chamando a atenção até do José Mourinho (o técnico teria pedido a sua contratação para o Manchester United) - disse o arqueiro de 25 anos.

Com Peralta e Lozano, o México estreia em busca da segunda medalha de ouro consecutiva diante da Alemanha. A partida será realizada nesta quinta-feira, na Arena Fonte Nova, às 20h (de Brasília), pelo Grupo C - que conta ainda com Fiji e Coreia do Sul.

Confira outros trechos da entrevista com Tiago Volpi:

Maior saudade do futebol brasileiro

?"Sem dúvida, a falta de casa, das pessoas mais próximas a mim. Jogar um Campeonato Brasileiro é bom demais, pelo alto nível da competição, da regularidade entre os times. O campeonato começa com nove, dez times favoritos, e a briga é sempre boa. Aqui no México também temos grandes times que brigam pelo título, mas o futebol brasileiro é mais disputado, e com certeza voltarei um dia para ganhar títulos no meu país."

Segredos da rápida adaptação no México

"Não chega a ser um segredo. Em qualquer profissão, quando a gente ama o que faz e tem o apoio da família, tudo fica mais fácil. Desde que cheguei aqui, sempre fui muito claro quanto a isso, o amor que tenho por jogar futebol e o apoio da minha esposa, que esteve ao meu lado em todos os momentos. Quanto ao país, tem muitas coisas que lembram o Brasil, como a questão de as pessoas serem muito receptivas. Isso facilita muito para que a gente se sinta mais à vontade aqui."

Chances do Figueirense (antigo clube) no Brasileirão

"Sempre que posso, assisto daqui aos jogos. Tenho acompanhado muito o Figueirense. Ainda tenho muitos amigos lá. Acredito que, com a chegada do Argel, por conhecer muito bem a casa e os jogadores, o time pode fazer um campeonato mais tranquilo e brigar por algo mais alto na tabela, como uma Sul-Americana. O Figueirense tem uma estrutura muito boa e é um clube muito correto. Então, acredito que esse ano não sofrerá sustos como na última temporada, quando brigou contra o rebaixamento."