Seleção admite ansiedade na estreia e se prepara até para novas vaias
Um dos maiores problemas identificados pela Seleção Brasileira na estreia na Olimpíada, na última quinta-feira, no empate sem gols com a África do Sul, foi a ansiedade. A vontade excessiva de balançar as redes e ganhar a primeira partida da competição foram um dos detalhes que fizeram com que a bola não entrasse na partida no Mané Garrincha, em Brasília.
Jogadores e o técnico Rogério Micale, no entanto, acreditam que esta dificuldade não voltará a aparecer neste domingo, quando a Seleção volta a campo, às 22h, contra o Iraque. O comandante canarinho ressaltou a experiência do elenco, apesar da juventude, negou que os vexames recentes, como na última Copa do Mundo prejudiquem a equipe e disse que os atletas estão preparados:
- Acredito que não há "fantasma", este é um outro grupo, um outro momento. Hoje há uma pressão grande em cima da medalha, não pelo que aconteceu em 2014, mas pela história, é uma medalha que não temos. Sabemos da expectativa, inclusive a nossa. Mas temos de estar tranquilos, conscientes e fazermos o que nos preparemos a vida toda. Eu não me preparei desde o último mês, mas durante a vida toda, há 47 anos. É um momento importante que estamos vivendo, não podemos extrapolar, deixar a ansiedade nos prejudicar. Nosso grupo é jovem, mas maduro, todos já participaram de grandes competições do futebol mundial. Estamos fortes mentalmente - afirmou Micale.
No domingo, o Brasil pode entrar em campo ainda mais pressionado, já que África do Sul e Dinamarca, outras seleções do Grupo A, jogarão mais cedo. Todos os times da chave estão empatados com um ponto. Para Thiago Maia, contudo, isso não afetará:
- Acho que a pressão vai ter todo jogo, atuamos em casa, em busca de um objetivo que o Brasil não tem. Estamos focados no que queremos. Às vezes a bola não entra. Tudo o que fizemos nos treinos, fizemos nos jogos. Não podemos tirar o mérito da África, eles nos surpreenderam com um ataque veloz, isso nos sobrecarregou. Mas vamos manter o foco no trabalho - analisou o volante.
Micale também minimizou a impaciência da torcida, que chegou a vaiar a Seleção na última quarta-feira. Segundo ele, o Brasil está preparado caso não consiga marcar um gol logo no início neste domingo e, eventualmente, não conte apoio das arquibancadas:
- Se conseguirmos um gol rápido seria formidável, mas são 90 minutos e o que nos importa é ganhar. Temos que ter tranquilidade, o adversário sabe que o Brasil vive momento de pressão muito grande. Eu, se estivesse do outro lado, tentaria usar isso para desestabilizar. Temos que saber que temos 90 minutos para ganhar o jogo. Se vierem as vaias temos que levar como se fosse torcida adversária. Não podemos nos deixar levar. Não é bom, mas temos que dar o máximo - analisou.
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