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Técnico interino agrada e vai dirigir São Paulo contra o Botafogo

André Jardine pode continuar no comando do São Paulo - DIEGO NIGRO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO
André Jardine pode continuar no comando do São Paulo Imagem: DIEGO NIGRO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO

10/08/2016 06h45

Pelo menos até o jogo contra o Botafogo, domingo, no Morumbi, o São Paulo será dirigido pelo técnico interino André Jardine. A situação será mantida mesmo se a diretoria anunciar o substituto de Edgardo Bauza durante esta semana. A decisão não deixa de ser um prêmio a Jardine pela estreia com vitória sobre o Santa Cruz. A informação é confirmada pelo clube.

A mudança no esquema tático, do 4-2-3-1 obsessivo de Bauza pelo 4-1-4-1, soou positiva internamente. A análise é de que o sistema proporcionou ao time entrar com o que tem de melhor atualmente e potencializar alguns jogadores. O volante João Schmidt, que retornou após jogos no banco, por exemplo.

No 4-1-4-1, Schmidt atuou à frente da zaga, sendo o responsável pela saída de bola e a proteção à defesa. Ele gosta de jogar assim, tem pegada e bom passe. Ao mesmo tempo, Hudson e Thiago Mendes ganharam liberdade para atacar. Os atletas aprovaram e já há quem defenda a efetivação do interino.

"Com certeza, por nós seria sim (efetivado). Não só eu, como outros jogadores gostam do jeito dele de treinar. Cabe à diretoria, mas não só eu como outros queríamos ele como treinador", afirmou Thiago Mendes, em entrevista coletiva.

Por ora, a diretoria não pensa em efetivar Jardine, multicampeão pelo time Sub-20. A intenção é tê-lo só contra o Botafogo, até para ver mais de seu trabalho. A busca por um novo treinador segue.

A diretoria tenta manter os nomes em sigilo, mas o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva já disse que será um brasileiro. Como já faz uma semana que Bauza anunciou sua saída para a Argentina, tudo indica que a busca no momento é por um treinador que está empregado. A cúpula não descartou buscar uma opção assim.

AS ÚLTIMAS APOSTAS CASEIRAS

Deu certo

Em 2003, o São Paulo apostou no chileno Roberto Rojas, então preparador de goleiros, para substituir Oswaldo de Oliveira, comandar o time no Campeonato Brasileiro e se deu bem. Ao lado do auxiliar Milton Cruz, disputou 53 jogos, obteve 28 vitórias, 13 empates, 11 derrotas, e levou o time de volta à Libertadores após dez anos.

Apaga incêndio

Durante os últimos anos, o São Paulo sempre recorreu à figura do auxiliar Milton Cruz quando ficava sem técnico. Ao todo, comandou o time em 43 partidas, com 23 vitórias, 7 empates e 13 derrotas. A última vez foi na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado, conseguindo a classificação para a Libertadores. Foi demitido este ano, após 22 no clube, por divergências.

Deu errado

Um caso igual ao de André Jardine aconteceu em 2010, quando o então presidente Juvenal Juvêncio apostou em Sérgio Baresi, treinador do Sub-20, para substituir Ricardo Gomes. Baresi, no entanto, durou pouco. Em 15 jogos, venceu cinco, empatou cinco e perdeu cinco. Paulo César Carpegiani foi contratado.