Sem dores no cotovelo, Prass quer fazer de 2017 o melhor ano da carreira
Nesta quinta-feira, Fernando Prass falou com a imprensa pela primeira vez desde que operou o cotovelo direito. Fora do restante da temporada devido à contusão, o goleiro afirmou que está sem dor e que só segue usando tipóia por ordens médicas. Os pontos do local serão retirados na próxima terça-feira.
Ao lado do polivalente Zé Roberto, o agora ex-capitão palmeirense prestigiou o lançamento do livro ''Da Vitória à Conquista'', do fotógrafo Cesar Greco, sobre a conquista do tricampeonato da Copa do Brasil no ano passado.
"Na hora da contusão, que deixei o gramado, fui para o vestiário, tirei a camisa e vi como estava meu cotovelo, foi uma frustração tremenda. Eu havia perdido não só a Olimpíada, mas também a chance de disputar o Brasileirão com meu time, que é um dos cotados para o título. Mas, depois, a gente vê que não há o que se possa fazer, então tento tirar algo bom disso. Vou ter tempo para treinar e poder me preparar para fazer de 2017 um ano melhor do que todos os outros", disse o arqueiro, que aparentou estar sereno quanto ao problema.
Fernando Prass fraturou o cotovelo direito no período em que esteve com a seleção olímpica. Ele não chegou a disputar nenhum jogo com o grupo comandado por Rogério Micale, mas passou tempo suficiente com os garotos para falar com propriedade sobre o momento que vive o Brasil na Rio-2016. Em contato diário com Gabriel Jesus, não gostou das críticas feitas ao grupo, após os empates por 0 a 0 com África do Sul e Iraque.
"É muito superficial dizer que eles estavam sem vontade. Não existe isso, o cara não vai para chutar uma bola sem vontade. Mas o emocional conta muito. Falo com o Jesus todos os dias. O que vi por lá, embora não tenha vivido dentro de campo, foi um grupo muito qualificado e evoluído. Com certeza, tiraram um peso das costas com a vitória sobre a Dinamarca", opinou, citando a goleado por 4 a 0 sobre os europeus, na noite da última quarta.
Durante o lançamento do livro, na loja oficial do clube, Prass também falou sobre a situação dos goleiros Vagner e Jailson. Enquanto o primeiro foi sacado do time titular após atuações contestáveis, o segundo ganhou a confiança de Cuca em triunfo sobre o Vitória, na última rodada.
"Paciência nunca foi nem nunca será o forte do torcedor brasileiro. Mas óbvio que o cara tem que ter sequência pra jogar bem. Não dá para criar um conceito do jogador em três jogos. E falo isso pro bem e pro mal. Não da pra achar que o cara é o melhor do mundo e tem que ir para seleção em três jogos, assim como não pode achar o contrário, porque erros acontecessem. Se não tiver tempo para mostrar que o erro foi realmente um erro, e não uma coisa normal, é complicado. Mas no futebol em alto nível, principalmente em clubes do tamanho do Palmeiras, o tempo é um pouco diferente do que a gente deseja. Mais do que a torcida ter tranquilidade, é o jogador que precisa ter tranquilidade para entender e aceitar isso", concluiu o camisa 1 do alviverde.
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