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Recordista no ciclo, Maria Suelen quer sua primeira medalha olímpica

12/08/2016 06h05

Se as mulheres ganham cada vez mais espaço dentro do esporte olímpico, o judô é uma boa prova disso. Não apenas pelas medalhas olímpicas de Rafaela Silva e Mayra Aguiar, mas por todo o crescimento da equipe feminina nos últimos anos. Para ter uma prova disto, basta observar o desempenho de Maria Suelen Altheman, que estreia nesta quinta-feira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, na categoria pesado (mais de 78kg). No ciclo olímpico atual, ela é quem mais ganhou medalhas entre todos os atletas brasileiros.

De 2013 até este ano, a judoca esteve no pódio em 18 torneios segundo o JudoInside, site especializado na modalidade. Ao todo, foram cinco ouros, seis pratas e sete bronzes.

Quem mais se aproxima de Maria Suelen é Érika Miranda e Rafael Silva, com 16 láureas cada um.

- Nesse ciclo, aconteceu muita coisa. Mas vejo tudo pelo lado bom, fiz um bom ciclo no qual tive dois vice-campeonatos mundiais, cresci muito. Estou mais preparada, amadureci. Isso faz toda a diferença, o amadurecimento. Faço trabalho com uma psicóloga desde 2012, e isso tem me ajudado muito. Não abro mão - afirmou a atleta ao site do LANCE!

O trabalho mental é apontado por Maria Suelen como o principal responsável pela melhora em seu desempenho. Quinta colocada nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, ela foi vice-campeã nos Mundiais de 2013, disputado no Rio de Janeiro, e 2014, em Chelyabinsk (RUS).

- Eu ia para as competições e ficava mais ansiosa. Não que eu não fique atualmente, se não tiver o frio na barriga, não é atleta. Todos têm isso, mas eu consigo controlar. Antes, eu não conseguia e isso me atrapalhava. Agora, faço isso bem - avaliou a competidora brasileira.

Mas nem tudo foi alegria para Maria Suelen nesse ciclo olímpico. No mesmo campeonato em que foi vice-campeã mundial em 2014, a brasileira sofreu uma grave lesão no joelho direito, com o rompimento de três ligamentos: cruzado anterior, colateral lateral e colateral medial. O retorno aos tatames ocorreu somente no fim de abril de 2015, com alguns treinos leves.

Agora, recuperada e embalada pelos bons resultados, Maria Suelen sonha com a medalha olímpica. É impossível não acreditar.