Nem a frustração de ícone jamaicana tira o protagonismo do país nos 100m
A aguardada prova dos 100m rasos feminino dos Jogos Olímpicos Rio-2016 parecia ter uma dona antes mesmo de começar: Shelly-Ann Fraser-Pryce. Mas a jamaicana, bicampeã do evento e considerada a mulher mais veloz do planeta, precisou ceder o rótulo para... uma jamaicana: Elaine Thompson. É realmente difícil tirar o protagonismo do país nas pistas.
No sábado, o mundo pôde conhecer melhor Thompson, de 24 anos. Ela cruzou a linha de chegada com 10s71, segunda melhor marca da história das Olimpíadas. Fica atrás apenas de Florence Griffith-Joyner (EUA), que cravou 10s62 em Seul-1988. A prata ficou com da americana Tori Bowie (10s83). Com 10s86, Fraser-Pryce faturou o bronze.
Thompson já vinha se consolidando no cenário. Uma medalha poderia ser encarada com surpresa. Em 2015, ganhou o ouro no revezamento 4x100m com a Jamaica no Mundial de Pequim, além da prata nos 200m. Mas pareceu não acreditar no novo feito. Sobretudo diante da estrela.
- Quando cruzei a linha e tive a certeza de que tinha vencido, não sabia nem como comemorar. Foi uma grande motivação para a minha carreira. Fraser-Pryce é uma veterana - falou Thompson.
Decepção para Fraser-Pryce.? Nem um pouco. A experiente atleta, de 29 anos, mostrou-se grata simplesmente por ter conseguido correr na Rio-2016. Desde o ano passado, ela vem sofrendo com uma lesão no tendão do pé esquerdo.
- O que me mais agrada é que o título ficou com a Jamaica. Em 2008, era a minha vez. Em 2016, é a vez dela. Foi realmente difícil competir. Eu chorei, porque era insuportável - disse a atleta, que tentava se tornar a primeira tricampeã olímpica em uma prova individual.
O recorde dos 100m é da americana Griffith-Joyner, que correu em 10s49, em 1988.
Neste domingo, Usain Bolt, recordista entre os homens (9s58), tenta manter a fama da Jamaica. A final da prova acontece às 22h25, no Engenhão. Antes, acontecem as semifinais.
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