Os problemas e méritos que a era Jair Ventura herda de Ricardo Gomes
Um ano, um título, um vice-campeonato, poucas contestações e a saída a partir de uma proposta de outro clube. Ricardo Gomes deixou um legado no Botafogo antes de pegar a ponte aérea e rumar para o São Paulo. Mas, de maneira prática, o que Jair Ventura herda para sua primeira experiência como treinador efetivado?
Há pontos positivos, mas os números não deixam mentir: o time luta contra o rebaixamento. Quanto aos méritos visíveis na equipe alvinegra, o fator organização vem sendo valorizado desde o início do ano.
De maneira surpreendente para muitos, o Botafogo apresentou padrão e obediência tática desde o início do ano, após grande reformulação. Mesmo alternando entre o 4-2-3-1, o 4-3-1-2 e o 4-3-2-1, os objetivos de Ricardo Gomes ficavam claros.
Por outro lado, a limitação técnica, principalmente no primeiro semestre, ficaram evidentes com os baixos números do ataque. Para a evolução vista na reta final do primeiro turno, a entrada de Camilo na equipe foi fundamental. Outros reforços, como Rodrigo Pimpão e Canales ainda não desencantaram.
O calcanhar de aquiles é a defesa. Logo ela, tão consistente no Campeonato Carioca, é uma das piores do Brasileirão. A lesão de Jefferson, que volta em poucas semanas, e a falta de sequência de Airton podem explicar parte da deficiência. Os problemas físicos de praticamente todo o elenco, que sofre o ano todo por isso, também. A missão é de Jair Ventura.
O treinador ainda dá sorte. Os problemas no departamento médico parecem estar finalizados. Para o jogo contra o São Paulo, neste domingo, apenas Jefferson e Lizio seguem em tratamento. A partir da tarde deste domingo, o novo comandante da equipe alvinegra tem o desafio de melhorar a posição do Botafogo na tabela. E manter a boa relação do antecessor com os jogadores.
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