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A manhã na Rio-2016: Isaquias leva a prata, handebol é eliminado e Fabiana Murer dá adeus aos Jogos

16/08/2016 13h14

Depois de um início morno nos Jogos Olímpicos, o Brasil dá mostras que desandou a conquistar medalhas no Rio de Janeiro. Nesta manhã, o baiano Isaquias Queiroz trouxe a 10ª láurea do país na Olimpíada ao ser prata na prova C1 1.000 metros da canoagem. O nordestino protagonizou um duelo muito acirrado com o alemão Sebastian Brendel e, ao fim da disputa na Lagoa Rodrigo de Freitas, escreveu seu noma na história do esporte nacional ao ser o primeiro a trazer uma láurea na canoagem.

Por outro lado, a participação da Seleção Brasileira feminina de handebol acabou precocemente nesta terça-feira ao ser derrotada para a Holanda, por 32 a 23, nas quartas de final. O mesmo destino teve Fabiana Murer, que não conseguiu ultrapassar a marca de 4,55 metros na classificatória do salto com vara e deu adeus ao sonho de conquistar uma medalha olímpica em casa.

Canoagem

O Brasil começou o dia com medalha na Lagoa Rodrigo de Freitas. Na final da canoagem C1 1.000 metros, o baiano Isaquias Queiroz fez história ao conquistar a prata com o tempo de 3m58s529, atrás somente alemão Sebastian Brendel, tricampeão mundial e agora bicampeão olímpico na prova. O bronze ficou com Serghei Tarnovschi, da Moldávia. Esta foi a primeira medalha olímpica do país neste esporte.

E se a maré está boa para o nordestino, pode melhorar durante esta semana. Atual campeão do mundo na categoria C2 1.000 metros, Isaquias compete ao lado de Erlon Souza na sexta-feira. Dois dias antes, porém, o brasileiro volta às águas do Rio de Janeiro para disputar outra medalha na prova do C1 200 metros.

Handebol

Pela segunda Olimpíada seguida, o sonho dourado da seleção brasileira feminina de handebol ficou pelas quartas de final. Em uma partida irreconhecível diante da Holanda, que havia se classificado na quarta posição no Grupo B, o Brasil foi superado, por 32 a 23, e deu adeus ao torneio. O resultado é muito semelhante ao de Londres-2012, quando a equipe fechou a primeira fase na liderança de sua chave, mas caiu para a Noruega no primeiro mata-mata.

Embora a medalha olímpica não tenha sido alcançada pelas meninas, o dinamarquês Morten Soubak, treinador da equipe, reconheceu a entrega de seu time dentro de quadra e alegou estar contente por ter feito parte da geração mais vitoriosa do handebol no país. Apesar do discurso, o europeu segue à frente da seleção verde e amarela.

Atletismo

Após ser diagnosticada com hérnia de disco às vésperas do início dos Jogos Olímpicos, Fabiana Murer, principal nome do Brasil no salto com vara, não conseguiu um bom desempenho na fase classificatória e foi eliminada precocemente. Na manhã desta terça-feira, a brasileira teve três tentativas de ultrapassar os 4,55 metros, mas não obteve êxito. A saltadora era uma das principais esperanças de medalha para o país nesta Olimpíada.

Quem também marcou presença no Estádio do Engenhão nesta terça-feira foi o velocista jamaicano Usain Bolt. Na classificatória para os 200 metros rasos, o astro do atletismo venceu sua bateria com extrema facilidade e está classificado para as semifinais. Atual bicampeão, Bolt busca o terceiro ouro olímpico seguido na prova.

Saltos ornamentais

Repetindo o feito da Olimpíada de Atenas-2004, o brasileiro César Castro se classificou, nesta manhã, para a final individual da prova do trampolim de três metros. O experiente atleta, de 33 anos, ficou na sexta posição geral ao conquistar uma nota de 442,45 após seus seis saltos no Complexo Aquático Maria Lenk. A decisão das medalhas será feita nesta quarta-feira, às 18h.

Maratona Aquática

O baiano Allan do Carmo não conseguiu repetir a façanha de Poliana Okimoto na maratona aquática (prova de 10 km em mar aberto), na segunda-feira, e terminou a prova entre os homens no 17º lugar geral.

O curioso do trajeto, porém, ficou entre os medalhistas de ouro e prata. O holandês Ferry Weertman e o grego Spiros Gianniotis cruzaram a linha de chegada exatamente com o mesmo tempo de 1h52min59s8. No entanto, depois de muita análise, os fiscais da prova entenderam que Weertman venceu por questões de milésimos de segundos. O bronze ficou com o francês Marc-Antoine Olivier.