Topo

Isaquias vive dias de astro após medalhas olímpicas

18/08/2016 12h45

Competição, medalha, comemoração ainda dentro da canoa, pódio para receber a medalha, festa com a família na arquibancada, dezenas de entrevistas na zona mista, uma rápida parada para a coletiva, diversas fotos e gritos de apoio pelo meio do caminho e, para terminar, um pouco de treino. Ufa! Essa tem sido a rotina de Isaquias Queiroz nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E até sábado, quando acontece a final do C2 1.000m na canoagem velocidade, isso dificilmente vai mudar.

Se alguém ainda duvida que o canoísta se tornou o principal competidor do Brasil na Olimpíada basta dar uma passada no Estádio Lagoa, na Lagoa Rodrigo de Freitas para conferir. Cada vez que ele entra na água para competir, o público vai ao delírio. Na disputa do C1 200m, nesta quinta-feira, a comoção foi ainda maior pela chegada apertada na disputa. O atleta do Brasil cruzou a linha de chegada na terceira colocação, mas precisou esperar quase um minuto para ver a confirmação do pódio. Depois disso, foi só festa.

- Quando eu estava nos 300 metros, eu vi que estava bem mais cheio, tinha gente lá (na rua) e aqui e deu pra ver que estava lotado. Foi muito legal ver assim, pois foi a primeira vez que vi uma competição com tanta gente assim. Acho que nem em Mundial fica assim, nem na Hungria e na Alemanha, onde o povo gosta muito de canoagem. Então, precisava dar o meu melhor para o brasileiro ficar feliz - afirmou o atleta.

Ao subir no pódio para receber a medalha de bronze, teve até uma "sambadinha" ao estilo Rubens Barrichello. E foi nesse instante que a festa aumentou.

Ao descer do pódio, Isaquias correu em frente à arquibancada para comemorar com o público. Em seguida, parou para abraçar os familiares, da mesma maneira como já tinha feito na última terça-feira. Os festejos continuaram até na zona mista. Enquanto concedia entrevista, ele tinha o nome gritado pelas pessoas, com mensagens de parabéns, recados para a prova de sábado e pedido para fotos.

- Fui agradecer a todos, porque atletas precisam deles do lado. Sou muito agradecido por eles. Não poderia estar mais feliz. Reconhecimento é o que todo atleta quer - declarou.

Isaquias já tem sentido no Rio de Janeiro toda a fama olímpica. Foram da Vila dos Atletas, teve certa dificuldade até para ir à uma academia nos últimos dias.

- Já dá pra sentir um pouco desse negócio de ser ídolo. Ontem, fui tentar ir à academia e todo mundo me parava na rua para tirar foto. Meu técnico teve que me tirar dali - explicou o atleta.

Imagine, então como será, se ele faturar mais uma medalha, sábado, no C2 1.000m, ao lado de Erlon de Souza. Uma prata, no C1 1.000m, e um bronze, no C1 200m, ele já tem.