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Denis pede empenho ao SP contra o Palmeiras para espantar risco

05/09/2016 12h41

A quatro pontos da zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o São Paulo revive um fantasma que o assombrou em 2013, última vez em que o clube esteve em situação parecida. Remanescente do grupo que sofreu naquela época, o goleiro Denis alertou para a necessidade de reação rápida, antes que a zona da degola seja realidade.

"É complicado, em 2013 ainda passamos por isso, um pouco pior, porque pelo que lembro chegamos a entrar na zona do rebaixamento. E eu sei o quanto é difícil sair. Por isso temos que voltar aos resultados positivos para sair disso", disse o goleiro, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no CT da Barra Funda.

Além de Denis, apenas Rodrigo Caio e o volante Wellington, que se recupera de uma cirurgia no joelho esquerdo, estavam no clube em 2013. Na época, o São Paulo ficou algumas rodadas na zona do rebaixamento, virou o turno ameaçado, mas terminou em 9º, com 50 pontos, mesmos do rival Corinthians.

"O sinal de alerta é aceso o campeonato inteiro. O Campeonato Brasileiro é muito longo. Mas estou preocupado mesmo é fazer um bom jogo na quarta-feira. Nossa equipe tem de fazer um bom jogo. Só assim vai melhorar", afirmou Denis.

O jogo de quarta-feira é justamente contra o rival Palmeiras, líder do campeonato, e fora de casa, no Allianz Parque. O São Paulo ocupa a 12ª colocação, com 28 pontos, quatro acima da zona da degola. Denis espera a vitória, mas o empate pode ser considerado bom dependendo das circunstâncias.

"Claro que queremos entrar para vencer, principalmente sendo clássico, mas do outro lado eles também querem. É difícil ter um time vencedor num jogo como esses. A única coisa que posso afirmar é o empenho, volto a repetir. Tem de ter empenho, concentração, o mais importante é fazer um bom jogo", disse o goleiro.

Confira outros trechos da entrevista do goleiro:

A pressão ainda está forte?

Jogar em clube grande, você sempre vai estar pressionado por resultados. A única forma dessa pressão passar é resultados, a equipe voltar a vencer que essa pressão vai diminuir.

Como sair dessa situação num clássico?

Jogo difícil. Mas vou lembrar que tivemos um clássico contra o Corinthians na Arena, logo depois da Libertadores, a maioria das pessoas já dava o jogo como perdido, e fomos lá e saímos com o empate, merecedores da vitória. O que temos de fazer é lutar, se empenhar, para fazer um grande jogo.

O São Paulo já venceu o Palmeiras neste campeonato. Como achar defeitos no líder?

Todo clube, não vou falar defeito, mas tem seu ponto fraco. Temos de achar isso nesse jogo, aproveitar. Achar algumas limitações do Palmeiras, temos gente estudando a equipe deles. Fizemos vários treinos para surpreender eles de alguma forma.

É natural que jogadores pensem em quebrar o contrato depois de serem agredidos na invasão ao CT?

Acho muito difícil um atleta profissional, principalmente de equipe grande, pedir para romper contrato pelo ocorrido. Ocorrido lamentável, principalmente num clube grande, muito difícil isso acontecer, acho que com a cabeça de todos nós, difícil alguém pedir uma quebra de contrato por causa disso.

Mudou alguma coisa em sua rotina depois da invasão?

Não, não mudei. Minha rotina é a mesma. O meu foco é o treinamento. Saio da minha casa, venho treinar e volto para minha casa. Brinco com minhas filhas do mesmo jeito, passeio com elas do mesmo jeito. A nossa vida particular não pode e não deve mudar por causa desse ocorrido.