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Mina "aprende" funk com palmeirenses e vê países muito parecidos

Fabio Menotti/Ag Palmeiras
Imagem: Fabio Menotti/Ag Palmeiras

07/09/2016 08h30

Ainda em adaptação no Palmeiras, Mina vê semelhanças entre o Brasil e a Colômbia. Embora não fale português, o camisa 26 tem estudado e já entende bem a nova língua, desde que se fale pausadamente. O elenco tem sido importante para ambientá-lo e até ensinar novos costumes.

Fã de dougie e salsa choke, estilos musicais famosos em seu país, o zagueiro conta que durante a concentração já teve seu quarto "invadido" por seus companheiros. Foi entre as brincadeiras que apresentaram o funk ao jogador:

"Quando estamos concentrados chegam no meu quarto para dançarmos. É uma alegria o grupo. Gosto de salsa choke, mas também do dougie. Aqui escuto muito funk, estou aprendendo um pouco. Os companheiros me colocaram para ouvir "taca taca" (risos)", contou Mina, citando a música "Bumbum Granada", dos MCs Zaac e Jerry.

O novo estilo agradou tanto que o zagueiro já está pensando em adotar uma nova dança quando for comemorar seus gols no Palmeiras.

"Sim, vou combinar algo. Se fizer algo com funk e dougie, mas tem também salsa choke (risos)", despistou.

Confira a entrevista completa com o colombiano:

O que tem achado de viver em São Paulo?
Estou agradecido a Deus por me trazer a uma cidade tão bonita como São Paulo, creio que as pessoas são muito boas, muito amáveis, e acho que no Palmeiras estão me tratando da melhor maneira. Quero seguir aprendendo e continuar melhorando.

O que mais gosta de São Paulo?
Primeiro de tudo, de jogar futebol, onde eu treino, onde eu jogo, onde me sinto em casa. E outra coisa que eu gosto é conhecer, conhecer muito, sair e aprender.

O que faz no tempo livre?
Cheguei a ir no centro comercial, mas no tempo livre prefiro descansar e ficar tranquilo em casa.

Aqui é muito diferente da Colômbia?
Não, muito parecido. Na verdade são coisas similares, que se assemelham muito. As pessoas são iguais, a comida é igual, são coisas que caíram para bem para eu estar aqui.

Sua família chegou a vir para cá para São Paulo. Isto facilitou na adaptação?
Claro, muito importante ter minha família, é uma das coisas mais importantes para mim. Desde que cheguei estão aqui nas boas e nas ruins comigo, e agradeço a Deus por tê-los comigo. Vivo com meu pai, minha mãe e meu irmão. Agora estou com minha mãe e minha noiva.

Quais são suas impressões sobre o futebol brasileiro?
O futebol brasileiro, antes de tudo, é muito bonito, os estádios estão sempre em boas condições, cheios, e a outra parte do futebol é que pessoalmente me trataram como um irmão no Palmeiras. Eu me sinto bem aqui, e estou ganhando confiança junto dos meus companheiros.

Você tem muita impulsão no ataque. É uma das suas principais características?
É uma das principais características, primeiro por causa da minha altura e porque vou bem pelo alto. Trato de aproveitar.

Quais as características do Vitor Hugo que complementam as suas?
Vamos muito bem no alto, é uma característica que nós dois temos, temos tranquilidade e saímos jogando limpo de trás.

Como é a relação com Cuca?
O 'profe' é uma grande pessoa. Tem claro o que quer, sempre fala com os jogadores o que quer que façam e tenho uma boa relação. É um professor que fala e deixa falar, é um professor que entende aos jogadores e graças a Deus até agora estamos muito bem.

Você poderia ter jogado a Olimpíada, mas se lesionou. Qual a importância do Palmeiras neste período?
Primeiro de tudo fiquei muito triste pelo que aconteceu. Minha expectativa era chegar, jogar bem, ganhar com o clube e ir representar as cores do meu país, era o que sempre quis. Lastimavelmente eu me machuquei, mas os companheiros, o corpo técnico, os diretores, amigos, todos me disseram para ficar tranquilo. Deu ânimo para recuperar mais rápido e motivação.

O que achou da homenagem do Palmeiras para você?
Muito agradecido, porque sem jogar, o clube concordou comigo, sabia que não poderia jogar os Jogos Olímpicos, mas o clube concordou e agradeço.

Ficou impressionado com a torcida palmeirense?
A torcida é uma grande 'hinchada'. Estão sempre apoiando, nas boas e nas ruins, e bom, esperamos que sigam assim, esperamos que sempre estejamos unidos para o objetivo que queremos.

E como está se virando com o português?
Estou estudando, porque para entender mais no terreno de jogo e fora, quando estiver sem jogar, sem meus companheiros, como Lucas Barrios, que fala português e entendo. Graças a Deus estou compreendendo um pouco e esperamos falar perfeitamente.

Você fez amizade com o Roger Guedes rapidamente. É seu melhor amigo?
Um deles é o Roger Guedes, Gabriel Jesus, que sempre estava aqui falando e me molestando, como dizem (risos). Ótimas pessoas... Edu, Arouca, sobretudo Lucas Barrios, porque sempre estou andando com ele, ele quem me explica as coisas, me traduzia quando não entendia nada. Aqui a maioria dos jogadores sempre dá atenção a quem chega e é muito gratificante para nós que chegamos.

Sua alegria casou bem com o ambiente do elenco?
Sim, claro. Muito, quando estamos concentrados chegam no meu quarto para dançarmos. É uma alegria o grupo, isto mostramos também no campo.

Tem alguma dificuldade que ainda não tenha superado por aqui?
Não, graças a Deus estou agradecido por me colocar muitas pessoas ao meu lado, muitos anjos para me ajudar, e até agora tudo vai muito bem. Esperamos seguir assim e chegar ao nosso objetivo, sermos campeões.

Como lidar com a expectativa do título?
É estar 100% concentrado, dormir bem, descansar bem, comer bem, estar tranquilo, treinar bem e sair calmos para o campo.