Cobrança, fé em reação e 'gosto doce' por sequência: Marlone fala. E joga!
"Por que o Marlone não joga?" foi uma pergunta dita e repetida por torcedores do Corinthians ao longo dos últimos meses e motivou até mesmo a criação de uma campanha nas redes sociais: #MarloneTitular. Sem espaço com Tite e também no início da passagem de Cristóvão Borges, o herdeiro da camisa 8 de Renato Augusto demorou a engrenar no Timão e só conseguiu alcançar uma sequência mínima de jogos neste momento. Contra o Santos, no domingo, o meia fez o gol de honra da derrota por 2 a 1 e entrou em campo pela quarta vez consecutiva. Agora o Marlone joga. E também fala.
- É um gosto doce, porque me lesionei no começo do ano, e você vem para um clube do tamanho do Corinthians, com essa história, almejando coisas boas. Planejei muitas coisas no começo do ano e não cumpri pela lesão. Depois voltei bem contra o Cobresal (CHI) e aí não tive sequência. Mas jamais deixei de trabalhar, fiquei cabisbaixo ou triste, pensando em ir embora. Jamais. Eu tornei isso uma oportunidade para vencer. E agora tenho que provar a cada jogo minha titularidade, que mereço. Tenho certeza que com essas partidas que fiz dei uma confiança ao professor Cristóvão. Agora espero dar essa retribuição para a cada dia ser titular e ajudar a equipe - disse Marlone, que ainda foi questionado por uma autocrítica de sua inédita sequência de jogos no Corinthians.
- Acho que está sendo boa, positiva. A sequência te ajuda, te dá confiança, te dá sabedoria dentro de campo no momento de dar arrancada, um passe. Todo jogador almeja essa sequência e essa evolução, então pretendo estar sempre evoluindo para pensarmos em coisas grandes - disse.
O meio-campista contratado no início da temporada tem apenas 22 partidas pelo Corinthians, sendo sete como titular. Os números, porém, são mais definitivos dentro de campo: quatro gols marcados, inclusive o contra o Santos deste domingo, e duas assistências para gols. Das seis participações diretas em gols, metade foi justamente nesta sequência de quatro partidas.
O grande problema é que, apesar da boa fase de Marlone, o Corinthians não conseguiu embalar no Brasileirão. Nos últimos três jogos, por exemplo, obteve uma vitória, um empate e uma derrota, e segue na quarta posição do torneio, sete pontos atrás do líder Palmeiras. O meia, que fala e joga, tem fé na reação.
- Estamos no G4 ainda, não tem nada perdido, nada entregue. Claro que teve vitórias que escaparam das nossas mãos, mas estamos no G4 e enquanto tivermos esperanças vamos buscar o título. Todos que jogam no Corinthians pensam grande, o clube vive de títulos e é isso que queremos. O pensamento de todos é esse - diz Marlone, que ainda cobrou atenção do Corinthians no duelo desta quarta-feira, fora de casa, contra o Coritiba.
- Não tem time bobo no Campeonato Brasileiro. O Grêmio foi lá em Curitiba e tomou de quatro, não podemos dar mole. Estamos aprendendo com tudo isso e a ideia é entrar ligado nos 90 minutos, senão qualquer deslize pode definir a partida. Não só na conversa, mas no pensamento do grupo está que precisamos de 90 minutos com intensidade. A gente só vence quando sua, quando vai além do nosso melhor, além das nossas vontades. O resultado é consequência do esforço, e esse primeiro tempo contra o Santos será nossa lição para atuar contra o Coritiba.
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