Topo

Sem mágoa do Barça, Keirrison define passagem na Europa como 'aprendizado'

Keirrison em sua passagem pelo Barcelona - Reuters
Keirrison em sua passagem pelo Barcelona Imagem: Reuters

16/09/2016 07h05

A busca por voos maiores não é algo inédito na carreira de Keirrison. Atual referência do Londrina na caminhada da Série B, o atacante já conta em seu currículo com uma passagem pelo futebol europeu, quando foi contratado pelo Barcelona, e chegou a ter passagens por Benfica e Fiorentina. Ao jornal Lance!, ele rechaçou a hipótese de guardar mágoas de sua passagem no clube catalão, pelo qual não chegou a entrar em campo:

"Eu me sinto muito grato. Mesmo com a pouca convivência, cresci e aprendi muito em Barcelona. Mas tive muitas dificuldades com a questão da cota estrangeira, e acabei emprestado para outros clubes. Mesmo assim, tenho muitas boas lembranças do Barcelona".

Keirrison atribuiu sua saída para o exterior, em 2009, ao acordo entre Palmeiras e Traffic, que custou 14 milhões de euros ao clube catalão (à época, R$ 38 milhões). Mas não escondeu que a ida para a Europa foi a realização de um sonho:

"O primeiro acerto foi entre a Traffic, que detinha meus direitos, e o Palmeiras. Muita gente achou na época que eu é que tinha tomado a iniciativa de sair, mas não tive como dizer a minha versão. Na verdade, só fui consultado depois, e claro que aceitei, porque era a realização de um sonho meu. Poder jogar na Europa, estar um grande clube...

O atacante ainda enumerou o que mais chamou sua atenção no período em que teve seus direitos econômicos vinculados ao Barcelona:

"O tratamento que eles têm com cada atleta. Antes de pensar no campo, eles sabem como lidar com a pessoa. Isto realmente foi muito marcante. E, claro, a maneira como eles jogam, a força que eles têm em campo e o que todo mundo já conhece..."

Sem chances no Barça, o atacante ainda defendeu outros dois clubes. Mesmo não chegando a brilhar por Benfica e Fiorentina, Keirrison disse que o aprendizado foi crucial para sua sequência na carreira:

"Foi legal também. Meu melhor momento foi na Fiorentina, porque o treinador gostou do meu trabalho e pude atuar mais vezes (foram dez jogos, com dois gols marcados). No Benfica, guardo muitas lembranças de aprendizado, dentro e fora de campo. Plantei uma semente em cada clube que passei, isso é bacana".