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Vecchio supera falta de ritmo, agrada e tem sequência inédita no Santos

Divulgação/santos FC
Imagem: Divulgação/santos FC

05/10/2016 06h40

Substituir Lucas Lima, seja por lesão, suspensão ou convocação à seleção brasileira, era motivo de pesadelos para o Santos. Após a reformulação do elenco na sequência do Campeonato Paulista visando um desempenho mais ousado do que nos últimos anos do Brasileiro, caras novas vieram e deram opções ao técnico Dorival Júnior. Um desses casos é o do meia argentino Vecchio, que faz nesta quarta-feira, às 21h, contra o Fluminense, na Vila Belmiro, seu terceiro jogo consecutivo como titular time.

Batendo seu recorde de atuações em sequência pelo Santos, a missão agora é outra. Se nos últimos jogos Lucas Lima foi seu "porto seguro" no meio de campo, diante do Flu ele terá justamente de substituir o maestro.

"Acho que todo jogador é diferente. Lucas é um jogador de seleção, faz um tempo longo que demonstra que tem muita qualidade. Para nós, é um jogador fundamental. Quando você tem um jogador fundamental, é muito difícil substituir. Mas quem cumpre essa função tem que dar o melhor, fazer o simples para tentar fazer com que a ausência dele seja sentida o menos possível", disse o argentino ao LANCE!.

O novo camisa 20, no entanto, demorou para receber oportunidades e se firmar. Antes de ser festejado pela torcida após bons jogos ao lado de Lucas Lima, principalmente após a lesão de Vitor Bueno, o argentino passou por outras etapas antes de enfim entrar em campo.

Contratado em junho deste ano, Vecchio precisou aguardar a abertura da janela de transferências internacionais para ser regularizado. Em seguida, veio a parte mais "trabalhosa" no processo de pré-estreia.

Após uma temporada no futebol do Catar, o argentino passou por um período de recondicionamento físico para, enfim, poder atuar. Mesmo com constantes pedidos dos torcedores, ansiosos para avaliar o futebol do reforço, Vecchio estreou apenas em 27 de julho, diante do Gama.

"Sabemos que lá no Catar é muito diferente em relação ao futebol brasileiro, intensidade aqui é muito maior. Depois disso, fiquei um mês de férias, depois cheguei e fiquei mais um mês treinando. Então ter o mesmo ritmo dos companheiros que treinam desde janeiro é difícil. Mas esse trabalho me deixa cada dia melhor e me deixa perto de equiparar a eles", explica.

Se ainda não conseguiu disputar nenhum jogo inteiro no clube sem ser substituído, Vecchio tem trabalhado diariamente para isso. Apesar das modificações de Dorival, garante estar em condições de suportar um jogo inteiro. Quem sabe esta noite, contra o Flu, professor?

"Dorival achou que era melhor entrar outro, tenho que aceitar o que era melhor para o time. Mas desde que cheguei tenho treinado forte, tentando dar o máximo para jogar 90 minutos. Se Deus quiser vou jogando cada vez mais aqui", disse.

Confira um bate-bola exclusivo com o meia Vecchio:

Com o Lucas, você jogou aberto. Sem ele, volta ao meio-campo?
Em princípio, o que falou Dorival é que Jean vai jogar por fora e eu por dentro, onde joga o Lucas. Mas vamos ver como acontece o jogo, como vem o Fluminense, que é um time muito bom e perigoso. Vamos ver como nos posicionamos durante o jogo.

É comum vermos brincadeiras suas, principalmente na Santos TV. Sua adaptação foi fácil por aqui?
Aqui no Brasil é maravilhoso. Santos é uma cidade muito boa para morar, minha esposa e filha adoram. O Santos em geral é uma família. Você chega e parece que está aqui há 20 anos.

Qual sua preferência dentro de campo. Gosta mais de jogar centralizado?
Eu gosto de jogar tanto de segundo volante quanto de meia. Sempre falo que o treinador, no caso o Dorival, dá as armas para que a gente faça o melhor. Mas o jogador tem que saber também seu lugar dentro do campo e muitas vezes você começa em uma posição, depois troca. Importante é se sentir confortável.