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Schmidt vê renovação perto e vê base do São Paulo pronta para 'fogueira'

26/10/2016 12h47

Um dos jogadores que mais foram blindados pela torcida durante a má fase do São Paulo, João Schmidt está com moral. Voltou a ser titular e, com ele, a equipe venceu duas partidas seguidas para fugir da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Virou referência para as novas promessas do clube e agora espera ter seu contrato renovado.

O vínculo atual termina em 30 de junho de 2017, o que permitiria a ele assinar pré-contrato com qualquer equipe a partir de janeiro. Essa, porém, não é a vontade do volante, que subiu ao profissional em 2012, mas só agora conseguiu começar a se firmar. As conversas para a extensão, segundo o camisa 15, estão adiantadas com seus empresários, Deco e Luizão.

- Ambas as partes estão conversando e se tudo der certo vamos acertar. Meus empresários estão resolvendo e o que mais quero é jogar, ser titular e ter espaço. De cláusulas meus empresários entendem melhor, eu não entendo muito bem. Muitos jogadores não chegaram onde eu e o Rodrigo Caio chegamos. E eu pretendo ficar no São Paulo - avisou.

Nesta temporada, Schmidt esteve muito perto de ser emprestado ao Avaí. O então técnico Edgardo Bauza o convenceu a ficar e passou a utilizá-lo para mudar o time que vinha em má fase, sob críticas. O meio-campista correspondeu e já soma 27 partidas em 2016, mais do que havia disputado nos outros três anos como profissional no Tricolor (20) - entre 2014 e 2015, ficou emprestado ao Vitória de Setúbal (POR).

Essa dificuldade para ter uma sequência, segundo Schmidt, é algo comum para atletas que saem da base dos clubes. E a ascensão neste ano justamente nos momentos mais difíceis do São Paulo corrobora com a visão do volante.

- A renovação do São Paulo mostra que a base tem valor e muita qualidade. Sempre falo que quem vem da base dificilmente aparece no momento bom. É sempre nos piores. Eu mesmo só apareci quando o time não estava bem. É preciso estar preparado. A gente precisou dos meninos agora e todo mundo foi muito bem. A base aparece quando o time não está bem e precisa mudar, testar alguma coisa. Fiz a base inteira, subi e só neste ano comecei a ser titular na Libertadores quando a gente poderia nem se classificar. E ali fui de pior para melhor. Foi o melhor para mim - opinou.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de João Schmidt:

Ainda se preocupam com o rebaixamento? Vencer a terceira seguida pela primeira vez no ano é uma meta?

É uma situação que ninguém gostaria ter chegado e estão todos focados para vencer o América-MG. É a vitória que vai deixar o fim de ano mais tranquilo. O Brasileirão é nivelado demais, mesmo na situação em que o América está. A gente tem falado que será um jogo difícil para caramba, é só ver que eles venceram um bom time que é o Atlético-PR. São bons valores e que temos que respeitar. Vou falar que realmente é o foco de todo mundo. Um clube como o São Paulo não pode passar todos campeonatos sem conseguir três vitórias seguidas. Isso nos falta.

Você é elogiado no clube por ser autocrítico e saiu bastante chateado do jogo contra a Ponte Preta por ter errado demais. Esse perfil te ajuda?

Não pode ficar martelando, mas é bom. Como sou um jogador de passe, se não estou 100%, tenho que estar no mínimo 99%. Errei alguns passes que não podia e fiquei chateado comigo. É importante ter essa análise.

Na terça-feira, você passou muito tempo conversando com o diretor-executivo Marco Aurélio Cunha. O que falaram?

Conversei, sim, converso bastante há muitos dias. Falamos de tudo, da situação do time, da terceira vitória seguida e também sobre o jogo contra a Ponte Preta. Foi muito legal ver tantos meninos da base, algo que o clube precisava mostrar. Agradeço os elogios dele.