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Diretor quer base do Timão na Arena para 'ver futebol, não caçar Pokémon'

Folhapress
Imagem: Folhapress

03/11/2016 07h00

Empossado há menos de uma semana como diretor de futebol do Corinthians, o jornalista Flávio Adauto falou sobre seus planos de unificar o clube politicamente e montar o elenco da próxima temporada. Um dos desafios do novo dirigente, porém, será o trabalho com as categorias de base. Do elenco atual, 13 jogadores são formados ou tiveram passagens pelas divisões inferiores do clube alvinegro, mas poucos têm realmente espaço. Além da ideia de aumentar o uso de garotos, Adauto tem um projeto incomum que pretende implantar ainda neste ano: "aproximar" os garotos do time de cima.

Flávio Adauto acredita que os meninos das categorias sub-11, sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20 são pouco habituados à rotina da equipe profissional e desacostumados às pressões de vestir a camisa do Corinthians. A ideia do novo diretor é levar os garotos da base para os jogos do time principal em Itaquera. Ele pretende fazer isso ainda em 2016, nas partidas contra Internacional e Atlético-PR, pelo Brasileirão.

- Jogador tem que ver futebol, não caçar Pokémon. Vou mandar para ver jogo, como se fosse atividade didática. Sub-11, 13, 15, 17, 20. Tem que olhar, sentir o impacto. Não pode chegar pela primeira vez na Arena direto para jogar. Tem que conviver, saber o ambiente, então vamos sentar e conversar sobre isso. É ver o aquecimento, o túnel, isso faz criar amor, faz sentir comportamento de torcida, xingamento, protesto... - explicou Adauto.

Além da preocupação com a formação dos garotos, Flávio Adauto espera acrescentar ideias em mais dois aspectos: acelerar a integração ao profissional e o uso de garotos por Oswaldo de Oliveira e não dar oportunidades a jogadores dos Corinthians detém menos de 50% dos direitos econômicos. O dirigente detalha seus planos.

- Os jogadores que chegarem para o Corinthians tem que ser com maioria de direitos. Se não tivermos direitos com parcela maior não tem que jogar no Corinthians. Por que dar casa, comida, vivência, aperfeiçoamento, se o jogador não é seu? Vamos fazer jogador para empresário? Já pedi um levantamento do que a gente tem ou não de direitos, do profissional e do amador - disse, antes de explicar outras ideias para o departamento de futebol amador alvinegro.

- Há uma ideia de integração, conversei com o Fausto Bittar Filho, diretor da base, e ele me disse que é uma necessidade. Não dá para pegar jogador da base e trazer simplesmente. É necessário um projeto. A base pode ser a coisa mais importante da história do Corinthians. No passado se jogava com seis ou sete jogadores feitos em casa, é uma solução para o alto custo de comprar jogadores.