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Após negativa da CBF, PM solicita alteração de jogo entre Ponte e Peixe

04/11/2016 13h39

Ponte Preta e Santos se enfrentam neste sábado, às 21h, em Campinas, pela 34ª rodada do Brasileirão. No entanto, a partida ainda é alvo de discussão entre os dois clubes, CBF, Polícia Militar e até mesmo Ministério Público.

Explica-se: o Guarani, arquirrival da Ponte, disputa a final da Série C diante do Boa Esporte, em Varginha, às 18h45 deste sábado. No entanto, o Bugre liberou um telão no estádio Brinco de Ouro para os torcedores. Por conta do histórico de briga entre torcedores de Guarani e Ponte, a PM e a própria Macaca solicitaram o adiamento do duelo com o Santos. A situação se agravaria em caso de título do Bugre, uma vez que o jogo termina cerca de 15 minutos antes do início do jogo da Ponte com o Peixe. Vale lembrar que a distância do estádio da Ponte para o Guarani é de pouco mais de 1km.

Apegada ao Estatuto do Torcedor, a CBF garantiu às partes não ter tempo hábil para alterar a data e o horário de nenhum dos jogos. Com isso, a PM solicitou ao Ministério Público intervenção em nome da segurança. Em contato com o LANCE!, o tenente-coronel Nelson Coelho confirmou o pedido, mas reconhece que a segurança é possível de ser feita tanto da torcida da Ponte quanto do Guarani.

- Pedido já foi feito há alguns dias ao MP. A CBF manifestou-se de forma contrária ao adiamento de um dos dois jogos. A segurança a gente consegue fazer, mas vamos expor muita gente a riscos. Imagina uma torcida antagônica a outra jogando ao mesmo tempo, sendo que essa torcida (do Guarani) não pode ir para Varginha e vai comemorar o título aqui em Campinas - explicou.

O Santos, por sua vez, chegou a sugerir inclusive a alteração do local de jogo do Moisés Luacarelli para a Arena Barueri, em Campinas. A medida, entretanto, não agradou a Macaca. Ao L!, o vice-presidente da Ponte, Giovanni Di Marzio, confirmou o pedido de alteração da data à CBF, mas garante entender a decisão da entidade de respeitar o Estatuto do Torcedor por conta do curto prazo.

- Óbvio que ficou muito em cima. A CBF alegou que não tinha tempo suficiente para mudar. Eu entendo isso, até porque existe o Estatuto do Torcedor, e prazo do pedido de alteração da PM foi menor que o estipulado. A Ponte estava aguardando decisão, mas vamos para o jogo. Entendemos o lado da CBF, porque realmente é ruim - explicou.

Caso não haja intervenção das autoridades por conta do risco de confronto entre duas torcidas historicamente inimigas, o duelo entre Ponte Preta e Santos será mantido para às 21h deste sábado.