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Chavez quebra 'mala racha' com Lugano e não se compara a Fabuloso

09/11/2016 11h54

Quando bateu cruzado e venceu Cássio na goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians, Andres Chavez encerrou jejum de dez partidas sem marcar e cumpriu promessa feita a Diego Lugano. O zagueiro, um de seus amigos mais próximos no elenco, pediu gol e comemoração em conjunto para celebrar o alívio pelo fim de uma "mala racha" (período de falta de sorte para os argentinos) do atacante e do São Paulo.

- Foi bastante duro. A cabeça começa a jogar contra, você pede a confiança, mas sempre mantive a esperança. Jogava, criava oportunidades e sabia que em algum momento o gol sairia. E esse tabu foi cortado contra o Corinthians. Tinha pensado muito antes do jogo, estava com muita vontade. Por sorte consegui o gol na terceira chance que tive e Lugano pediu para comemorarmos juntos. Dediquei a ele por tudo o que vive aqui. Apesar de ficar no banco, vive o jogo intensamente. Mas nem eu entendi o que fiz na comemoração, estava louco com o gol em um clássico - destacou.

E se por um lado o ídolo uruguaio serve de apoio para Chavez crescer, outra figura importante na história do Tricolor carrega pressão contra o argentino. Após perder duas chances claras no Majestoso, o centroavante ouviu a torcida no Morumbi clamar por Luis Fabiano, que deixou o futebol chinês neste mês. O camisa 9, porém, não se assusta e lembra que passou por situação semelhante no Boca Juniors (ARG) com Martín Palermo, maior artilheiro do clube com 235 gols - Fabuloso é o terceiro do São Paulo com 212 tentos.

- O nome de Luis aqui é muito reconhecido, não posso me comparar a ele. É o mesmo de me compararem com Palermo no Boca, que fez 500 gols. Não existe isso. Luis tem história aqui, eu o admiro muito e agora tento fazer meu trabalho. Estou contente por voltar a marcar gols e encerrar o jejum, agora quero continuar marcando - afirmou Chavez, que tem 20 jogos e sete tentos pelo clube paulista.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Chavez:

Qual o balanço do ano? Pensam em ir à Libertadores?

Sim, obviamente temos a possibilidade pelos números, então precisamos seguir adiante para tentar uma vaga na Libertadores. Terminaríamos muito bem um ano que não foi bom como precisaria ser no São Paulo. Passamos por momentos muitos duros desde minha chegada. Me surpreendi ao encontrar o clube em uma situação difícil, de lutar contra o rebaixamento, mas tive gana e converti os gols. Quando não marquei, entrei num momento complicado, mas junto com o time me remontei.

O que pensa para seu futuro no clube, já que está emprestado até o meio de 2017? Agora há mais paz para trabalhar?

Quero terminar o ano da melhor forma possível. Serão partidas difíceis, com desafios lindos a partir do Grêmio. Pensarei tranquilo no próximo ano, depois de uma temporada dura e complicada. Me senti bem aqui, mas quero descansar nas férias e pensar mais relaxado. Não se ganha sempre os clássicos, mas tínhamos uma expectativa muito grande e fizemos tudo muito bem contra o Corinthians. Fomos melhores em tudo. Foi um impulso lindo para seguir, ainda mais que voltei a marcar gols. Queríamos ganhar para sair da zona complicada, então agora estamos mais relaxados e os gols voltaram.

Vai assistir a Brasil e Argentina pelas Eliminatórias na quinta-feira?

São duas equipes grandes, seleções muito bem formadas, vai ser um jogo muito lindo. Vamos apoiar a Argentina, estou feliz pela convocação de Buffarini, que me ajuda muito aqui, então farei força para a Argentina ganhar do Brasil. Vai ser difícil, porque vocês estão muito bem, mas espero uma grande vitória.